O Sudão se tornou um país onde cristãos enfrentam sérias restrições individuais e coletivas.
O governo intensificou a demolição de igrejas, a prisão de cristãos e, com frequência, se envolve na administração das igrejas.
Esse é um dos resultados que provém da aplicação total da sharia (conjunto de leis islâmicas).
Os cristãos das Montanhas Nuba são expostos a traumas profundos por causa da guerra, entre eles desalojamento, fome, morte de pessoas queridas e constante exposição ao perigo.
Por isso, a Portas Abertas sempre visita o local para os encorajar com treinamentos regulares e provisão de itens básicos.
As capacitações são muito importantes para que os líderes das igrejas estejam prontos para discipular cristãos em circunstâncias difíceis.
Neles, os participantes recebem materiais com conceitos bíblicos sobre a perseguição, permitindo que os cristãos saibam, com base na palavra de Deus, como reagir às situações enfrentadas no cotidiano.
Cidadãos de segunda classe
A situação global de perseguição contra os cristãos vem piorando desde a independência do Sudão do Sul – predominantemente cristão –, pois o governo do Sudão está fazendo progressos na implementação de sua política de uma religião, uma cultura e uma língua.
Na esfera de nação, os cristãos são considerados cidadãos de segunda classe. Embora o Artigo 38 da constituição provisória garanta a liberdade de religião, o partido no poder acredita que o país pertença aos muçulmanos. Cristãos ex-muçulmanos enfrentam a pior forma de perseguição em todas as esferas da vida, sendo discriminados, pressionados a voltar à antiga fé, processados e presos.
O Sudão foi designado, por mais de uma década, pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos como um país de particular preocupação por suas violações graves e sistemáticas da liberdade religiosa.
A liberdade religiosa, embora garantida pela Constituição Provisória de 2005, não é mantida na prática.
Além disso, o direito penal do Sudão, baseado na lei islâmica, que permite o uso de amputações e flagelações por crimes e atos de “indecência” e “imoralidade”, foi aplicado indiscriminadamente, em especial contra os cristãos nativos africanos.
O governo continuamente prende cristãos por proselitismo e apostasia. O país também começou um programa para demolição de igrejas.
Fonte: Missão Portas Abertas