A Corte Suprema do Japão manteve hoje a condenação à morte para um membro da seita Verdade Suprema, que em 1995 matou 12 pessoas e deixou milhares de intoxicados em atentados com gás sarin no metrô de Tóquio.

A alta corte japonesa rejeitou hoje a apelação de Yoshihiro Inoue, de 39 anos, que em primeira instância tinha sido condenado em 2000 à prisão perpétua, mas quatro anos depois sua sentença foi modificada por um tribunal superior para pena de morte, informou a agência local “Kyodo”.

Até agora nove ex-integrantes da Verdade Suprema foram condenados à pena de morte no Japão, incluindo o líder e fundador do grupo, Shoko Asahara, de 54 anos, mas nenhuma dessas sentenças foi executada.

Inoue tinha sido condenado pelo Tribunal Superior de Tóquio em maio de 2004 à pena de morte por trabalhar como “coordenador” no atentado, por isso a corte considerou que sua responsabilidade é igual à dos que espalharam fisicamente a substância mortal.

A Promotoria afirmou então que Inoue propôs o método do atentado e o supervisionou pessoalmente, após ser indicado por Asahara, cujo verdadeiro nome é Chizuo Matsumoto.

O condenado, ligado a outros dois assassinatos, entrou na seita quando tinha 16 anos e ocupava o cargo de “ministro de inteligência” nessa organização.

Em 20 de março de 1995, um ataque com gás sarin em trens do metrô de Tóquio na hora do rush da manhã causou a morte de 12 pessoas e deixou 6 mil intoxicados.

Esse ataque aconteceu quando três linhas de metrô estavam lotadas de passageiros residentes nos arredores que iam para o trabalho.

A Verdade Suprema trocou de nome para Aleph, em 2002, e se distanciou publicamente da seita original, alegando que sua doutrina se baseia no budismo e na ioga.

Fonte: EFE

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