Os evangélicos tentam, há mais de 20 anos, evitar que os surfistas caiam no mundo das drogas, oferecendo-lhes uma tábua de salvação: a organização internacional Cristãos Surfistas (CSI, na sigla em inglês), que funciona como uma igreja missionária.

A CSI, cujas origens remontam a 1979, na Austrália, se internacionalizou desde o ano 2000, criando igrejas locais nos principais “points” de surfistas, como Brasil, Peru, Estados Unidos, Nova Zelândia, África do Sul, Reino Unido, Taiti, Portugal e França.

A missão desta Igreja, cujo logotipo é um desenho de Cristo deslizando nas ondas de pé sobre uma prancha, é a evangelização das comunidades de surfe em todo o mundo, segundo seus adeptos peruanos.

Seus integrantes se autodenominam “surfistas de Cristo” e se consideram uma ponte entre a Igreja e a praia.

A frase de cabeceira é “um cristão sem Bíblia é como um surfista sem prancha”, disse à AFP Miguel, um surfista de Lima que pediu para que seu sobrenome não fosse divulgado.

“Um surfista de Cristo é um amante do surfe, das ondas, das praias e do mar, mas principalmente volta sua atenção para o Criador delas: Jesus Cristo”, afirmam em sua página na internet os peruanos que fazem parte desta Igreja.

Segundo os surfistas cristãos, “Jesus Cristo é um amigo incondicional, que te ama e te preenche tanto que não você não precisa de nenhum tipo de droga para ficar bem; é alucinante, a tua vida se arruma”.

No Peru, eram cinco os surfistas cristãos em 2002 e hoje superam os 75, que se reúnem uma vez por semana para refletir. Cada igreja tem seu líder, que certamente também é surfista.

Em sua “Bíblia do Surfista” encontram-se passagens de salmos como a seguinte: “o Senhor nas alturas é mais poderoso que o estrondo de muitas águas, mais que as vigorosas ondas do mar (Salmos 93:4)”.

Fonte: AFP

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