“O ‘laicismo agressivo’ da sociedade britânica pode acabar marginalizando o cristianismo” – adverte o ex primeiro-ministro britânico recém-convertido ao catolicismo, Tony Blair.
Em uma entrevista publicada na semana passada no site anglicano “Church of England Newspaper”, Blair disse concordar com os expoentes da Igreja quando se lamentam que a religião corre o risco de ser considerada uma ‘excentricidade pessoal’, ao invés de ter uma importante influência na sociedade.
O ex-dirigente trabalhista, que foi muito criticado pelos cristãos por sua responsabilidade direta na guerra do Iraque, qualifica de ‘ridículas’ as sanções impostas aos cidadãos que expressam publicamente sua crença. Blair alude ao caso da enfermeira inglesa suspensa do trabalho por 2 meses, por ter oferecido uma oração a uma paciente em Londres, com 72 anos. “As pessoas devem ser orgulhosas de sua fé cristã e de poder expressá-la como quiserem” – disse.
Em seu mandato como premiê, Blair evitou referências à religião, mas após deixar o cargo, reconheceu que o fizera para evitar que o considerassem ‘maluco’ por falar em público a respeito de suas convicções pessoais.
Após converter-se ao catolicismo, o ex-premiê criou a fundação Tony Blair, que promove o respeito e a compreensão entre as principais religiões do mundo.
Fonte: Rádio Vaticano