As Sociedades Bíblicas Unidas (SBU) trabalham, atualmente, em mais de 60 projetos de tradução do texto sagrado nas Américas, revelou o consultor desse organismo, Bill Mitchell

As Sociedades Bíblicas Unidas (SBU) trabalham, atualmente, em mais de 60 projetos de tradução do texto sagrado nas Américas, revelou o consultor desse organismo, Bill Mitchell, ao participar do II Fórum de Ciências Bíblicas, reunido dias 8 e 9 em Barueri, São Paulo.

“A geração de missionários do pós-guerra ajudou na expansão da tradução”, disse Mitchell, reconhecendo que hoje a Internet e a linguagem dos adolescentes reforçam a necessidade de se revisar as traduções da Bíblia para que mais pessoas sejam alcançadas.

O consultor de Traduções na Área das Américas das SBU e doutor em Teologia trouxe “Informações sobre a tradução da Bíblia no mundo”, assunto que enriqueceu o II Fórum organizado pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).

O Fórum teve como tema “A tradução da Bíblia para a língua portuguesa – 325 anos da primeira tradução do Novo Testamento em português”, trabalho desenvolvido por João Ferreira de Almeida.

Ainda existem no mundo cerca de três mil línguas indígenas para as quais a Palavra de Deus não foi traduzida, mencionou o pastor Norval da Silva, consultor da Associação Lingüística Evangélica Missionária (ALEM). No II Fórum, ele abordou “A tradução da Bíblia para línguas indígenas no Brasil”.

A Bíblia valoriza a língua nativa e fortalece o sentimento de identidade de um povo, afirmou Silva, alertando, contudo, que em matéria de tradução não se deve impor nada, uma vez que “a decisão tem que ser do próprio povo”.

Para o pastor Esequias Soares, presidente da Assembléia de Deus de Jundiaí, São Paulo, “nem o estilo, nem o nível de linguagem são importantes, mas sim a mensagem, que não pode ser corrompida. O que importa é que o homem conheça a vontade de Deus”, assinalou, ao falar sobre “A tradução da Bíblia e a obra missionária”.

As pessoas não precisam saber hebraico, aramaico ou grego para conhecer o Evangelho. “A pregação é feita na língua do povo e a História mostra isso”, frisou Soares.

Durante o evento, que teve por palco o Museu da Bíblia, em Barueri, foi lançado o livro “Fórum de Ciências Bíblicas – volume 1”, que reúne as palestras da primeira edição dessa iniciativa, realizada no ano passado, e que teve por temática principal os 1.600 anos da primeira grande tradução ocidental da Bíblia – Jerônimo e a tradução da Vulgata latina.

Fonte: ALC

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