A morte de quase 70 pessoas na Etiópia, no dia 23 de outubro, tem movimentado a equipe de investigação da organização cristã Portas Abertas.

Foi reportado que três evangelistas foram assassinados nesse período, um deles dentro da igreja.

Os corpos dos cristãos sofreram mutilação, além disso, a igreja Full Gospel em Boreda, foi incendiada. Ainda não há informações se a razão dos crimes é religiosa ou étnica.

Os protestos violentos aconteceram enquanto o primeiro-ministro e ganhador do prêmio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, estava em visita oficial à Rússia.

Os tumultos começaram após o ativista e opositor do governo da Etiópia, Jawar Mohammed, denunciar que estava correndo risco de ser assassinado a mando do primeiro-ministro.

Uma das formas que o governo encontrou de eliminá-lo era retirando o esquema de segurança da casa dele em Adis Abeba. Entretanto, as autoridades negaram a alegação.

Por dois dias, milhares protestaram nas ruas da capital e em outras regiões para mostrar suporte a Jawar e denunciar as ações do governo.

“Mas o que ele começou é como uma marcha solidária que se tornou rapidamente em violência étnica e ataques estimulados pela religião. A polícia atirou em 13 pessoas e muitos outros foram mortos por pedradas e feridos por grupos rivais”, reportou um informante.

Uma proeminente igreja cristã do país reclamou da discriminação que os cristãos sofrem dos muçulmanos extremistas, declarou ainda que estão impotentes para ajudar e proteger todas as pessoas.

A igreja fez uma vigília na capital da Etiópia em lembrança dos que perderam a vida nos últimos protestos.

Fonte: Portas Abertas

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