O Tribunal de Iskenderun, na Turquia, decidiu nesta sexta-feira pedir a prisão preventiva de Murat Altun, o suposto assassino do presidente da Conferência Episcopal turca, o italiano Luigi Padovese.
Segundo fontes policiais, Altun, de 26 anos, que durante quatro anos e meio trabalhou como motorista e guarda-costas de Padovese, 63 anos, confessou em interrogatório de vinte horas ser o autor do crime.
Em declarações à imprensa turca, os policiais que o interrogaram comentaram que o detido não parecia estar em boas condições psíquicas quando confessou: “O matei por uma inspiração divina. Não poderia fazer outra coisa”.
Durante o interrogatório, Altun reconheceu a declaração que tinha feito a Polícia, e pediu aos muçulmanos que começassem a rezar.
Padovese, que era também o vigário apostólico da Igreja Católica na Anatólia, um cargo criado há dez anos e que cobre quase a metade do território da Turquia, do Mar Negro ao Mediterrâneo, morreu degolado em sua casa de verão na cidade de Iskenderun, perto da bíblica Antioquia.
Celalettin Lekesiz, o Governador da província de Hatay, onde fica a localidade de Iskenderun, assegurou na quinta-feira que o assassinato não tem nenhuma representatividade política.
Segundo Lekesiz, Altun sofreu problemas psicológicos que o obrigaram a seguir tratamentos em centros especializados durante algum tempo. Foi internado pela última vez no dia 28, no departamento de psiquiatria do principal hospital da cidade.
Altun é um católico solteiro e vivia sozinho no edifício anexo à Igreja Católica de Iskenderun.
Fonte: EFE