Há algumas nações na Classificação de países por perseguição das quais não se pode compartilhar histórias. Mesmo se forem usados nomes diferentes, a população cristã é tão pequena que o depoimento poderia ser facilmente rastreado até se chegar ao autor. É o caso da Mauritânia. Por isso, preste muita atenção nos tópicos a seguir.

Diante da dificuldade em se obter informações, a Portas Abertas listou dez pontos para que você saiba como é a vida dos cristãos na Mauritânia:

• A Mauritânia tem estado sob regime militar há mais de 30 anos, com apenas uma curta interrupção democrática em 2007. As promessas de trazer a democracia de volta ao país resultaram somente em fraudes nas eleições.

• É um dos países mais pobres do mundo. Um terço das crianças estão desnutridas e, quando há comida suficiente, muitas vezes é cara demais para os pobres comprarem.

• Durante o inverno de 2010/2011, vários artigos na imprensa local retrataram as atividades de estrangeiros na Mauritânia, incluindo os nomes e as organizações consideradas mais “culpadas” de cristianização. No início de julho de 2011, alguns imãs (líderes muçulmanos) proeminentes publicaram um pedido ao parlamento para “proteger” o povo da Mauritânia de ouvir o Evangelho.

• A principal dinâmica de perseguição na Mauritânia é o “extremismo islâmico”, que tornou-se mais visível e demonstra uma crescente influência do salafismo.

• Os primeiros moradores a se converter a Cristo foram observados na década de 1990. Na Mauritânia, os cristãos são poucos (estimando-se cerca de 150 a 700 irmãos).

• Muitos cristãos não conhecem os Dez Mandamentos e sua ética é influenciada pelo ambiente muçulmano. Parece que a falta de conhecimento bíblico cria problemas éticos. Outro grande obstáculo para a Igreja é a sua falta de recursos. Há ainda o analfabetismo como agravante.

• A Igreja está dividida em vários grupos. Alguns deles estão ligados em rede, mas muitos cristãos estão isolados em suas aldeias. Os líderes cristãos na Mauritânia notam um interesse pelas publicações sobre a fé e a Bíblia. Os testemunhos dos crentes presos e torturados em 2009 têm incentivado os cristãos locais a compartilhar mais sobre Jesus, no país.

• A pressão no ambiente muçulmano sobre os cristãos (por parte de familiares, membros da tribo e líderes de mesquitas locais) é muito elevada. Há um pouco de liberdade para as igrejas de expatriados, mas mesmo para os expatriados residentes no país é complicado. Além disso, continua completamente impossível aos cristãos do país registrarem suas igrejas, por isso eles têm de se reunir em segredo.

• Existem muitas barreiras por conta do fraco índice de alfabetização: existem traduções da Bíblia em árabe hassania ainda incompletas; poucos programas de rádio são produzidos no Senegal; há leis que proíbem os mauritanos de ouvir o Evangelho ou acreditar em Jesus.

• A Al-Qaeda está monitorando a atividade cristã na região do Magrebe.

[b]Fonte: Portas Abertas EUA[/b]

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