A Câmara dos Deputados está debatendo, desde terça-feira (25), em Montevidéu, um projeto de lei que autoriza a interrupção da gravidez até a 12.ª semana de gestação.

O Uruguai está próximo de se tornar o primeiro país da América do Sul a descriminalizar o aborto. A Câmara dos Deputados começou a debater nesta terça-feira (25), em Montevidéu, um projeto de lei que autoriza a interrupção da gravidez até a 12.ª semana de gestação, sob algumas condições. A votação estava prevista para o fim da noite. Se aprovado, o projeto de lei ainda deverá ser examinado pelo Senado nas próximas semanas.

O governo do presidente José Mujica, da coalizão Frente Ampla, de centro-esquerda, conta com 50 deputados, enquanto a oposição reúne 49 cadeiras. Mas parte da oposição estava disposta a votar a favor do projeto. Como o governo possui maioria no Senado, a tendência é que a proposta, caso passe na Câmara, vire lei – Mujica já avisou que deverá sancioná-la.

Horas antes da votação, dezenas de mulheres de biquíni – e algumas nuas -, fizeram uma manifestação em Montevidéu pela aprovação do projeto de lei. Na véspera, houve protestos contra.

No entanto, uma pesquisa da consultoria Cifra indicou na semana passada que a descriminalização do aborto conta com o respaldo de 52% da população uruguaia. Outros 34% estariam contra, enquanto que 14% não possuem opinião formada sobre o assunto.

As estatísticas oficiais indicam que são realizados 30 mil abortos ilegais por ano no Uruguai, país que tem apenas 3,6 milhões de habitantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

[b]Fonte: UOL[/b]

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