O Papa Bento XVI nomeou Kazimierz Nycz como arcebispo de Varsóvia, em substituição de Stanislaw Wielgus, que renunciou ao cargo em meio à polêmica criada por sua colaboração com os serviços secretos durante o regime comunista, informou ontem o Vaticano.
Nycz, que até agora era bispo de Koszalin-Kolobrzeg, nasceu em 1º de fevereiro de 1950 em Wies e foi ordenado sacerdote em 20 de maio de 1973 pela arquidiocese da Cracóvia.
Em 1981, colaborou com o trabalho pastoral na Igreja da Paróquia da Divina Misericórdia em Skawina e, em 1987, foi nomeado vice-reitor de Seminário Maior de Cracóvia.
Em 14 de maio de 1988, Nycz foi nomeado Auxiliar da arquidiocese de Cracóvia, e em 2004 passou a ser bispo de Koszalin-Kolobrzeg.
Desde 26 de novembro de 1999 é presidente da Comissão da Conferência Episcopal para a Educação Católica e desde 2004 é membro do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Polonesa.
Com esta nomeação, o Vaticano tenta fechar a crise aberta pela renúncia de Wielgus, em 7 de janeiro, dois dias após ter assumido o cargo de arcebispo de Varsóvia.
Pouco antes de assumir o cargo, Wielgus reconheceu publicamente que teve “contatos com os serviços secretos” do país durante a época do comunismo, embora tenha explicado que estes ocorreram apenas para que ele pudesse “viajar ao exterior e dar continuidade a pesquisas científicas”.
O Vaticano manteve a nomeação após a divulgação do passado de Wielgus, apesar dos inúmeros protestos, mas pediu um relatório à Comissão de História, que verifica as biografias dos religiosos.
A comissão chegou à conclusão de que a colaboração de Wielgus aconteceu realmente e foi totalmente consciente e voluntária.
A renúncia de Wielgus colocou em evidência o Papa Bento XVI e o Vaticano, que em dezembro tinham expressado sua “plena confiança” no religioso.
Fonte: EFE