O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) é católico, crítico do uso da religião na política e defende os direitos dos gays, sendo favorável ao aborto nos termos legais.
Com a oficialização da candidatura de Marina Silva à presidência da República, parte dos holofotes agora recai sobre o escolhido para vice na chapa, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB).
O parlamentar do Rio Grande do Sul é conhecido por sua estreita relação com os empresários do agronegócio, uma das áreas que Marina Silva mais criticou na eleição de 2010. O desafio de ambos agora é conciliar a agenda de sustentabilidade defendida pela ex-senadora, com a proposta desenvolvimentista que Beto Albuquerque defende.
Assim como aconteceu em 2010, um dos primeiros adjetivos que se usam quando se fala em Marina é “evangélica”. Afinal, sendo missionária reconhecida pela Assembleia de Deus, ela e pastor Everaldo não tem como fugirem de cobranças abertas por causa de sua religião.
Porém, ela não concorre sozinha. De acordo com o jornal O dia, o escolhido pelo PSB para ser vice dela foi o gaúcho Beto Albuquerque, 51 anos. Católico, é um crítico do uso da religião na política e sabidamente defende os direitos dos gays, sendo favorável ao aborto nos termos legais. Uma postura que contraria muitas das expectativas dos eleitores evangélicos e católicos conservadores.
Em termos políticos, Beto é considerado um progressista e sua escolha é claramente uma tentativa de equilibrar a imagem de ‘radical’ de Marina. Se para o público em geral essas questões sejam de menor importância, boa parte da imprensa tem insistido em lembrar o aspecto religioso da candidatura dela. Curiosamente, Marina não toca tanto no assunto e justamente por isso acabou sendo criticada em 2010 por várias lideranças evangélicas.
Estranhamente, já está sendo veiculado por diversos jornais e portais de internet a tentativa do PT de colar em Marina o rótulo de “conservadora” e “fundamentalista”, justamente por ela ser evangélica. Somente o tempo dirá se esse tipo de ataque terá influência nas urnas e estranhamente vem de um partido que recentemente criou um “comitê evangélico” para tentar se aproximar desse segmento.
Embora tenha sido vista recentemente em cultos da Assembleia de Deus e da Universal, Dilma perdeu vários aliados evangélicos que estavam com ela em 2010 justamente por ter traído um compromisso de que não mudaria a legislação sobre o aborto e o casamento gay. Dois anos após sua eleição, a petista ignorou o acordo e seu partido ainda fez perseguição política ao ex-aliado deputado Marco Feliciano quando este assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
[b]Fonte: Gospel Prime e Gospel +[/b]