A execução de Saddam Hussein aumentou a raiva, os protestos e a violência no Iraque, alimentando a saída das igrejas do país. Os muçulmanos sunitas do Iraque protestaram aos milhares contra a forma de execução de Saddam, chamando isso de um “ato de vingança crua”, relatou a ABC News.
A tensão intensificada entre muçulmanos xiitas e sunitas tem atraído preocupações quanto à situação dos cristãos iraquianos.
Carl Moeller, presidente da Portas Abertas dos Estados Unidos, disse que o aumento da violência após a execução de Saddam é uma causa para a contínua emigração da Igreja.
“Isso cria um enorme problema porque a Igreja foge em grande número, criando um vácuo entre as facções sunitas e xiitas em todo o Iraque. Isso só aumenta a violência entre as duas facções que estão dedicadas à destruição uma da outra.”
Tem havido informes de ataques contra igrejas no Iraque, falasndo até de algumas que foram queimadas, segundo a agência de notícias Mission News Network (MNN).
A Portas Abertas relata, entretanto, que houve uma melhora nas tentativas de espalhar o evangelho no Iraque.
“Durante o regime de Saddam Hussein não havia muitos livros cristãos disponíveis”, disse um distribuidor de livros da Portas Abertas, segundo a MNN. “Depois da guerra em 2003, a situação melhorou lentamente; então todo livro e Bíblia são bem-vindos no país.”
A Portas Abertas dirige vários centros culturais cristãos no Iraque a fim de apoiar a minoria cristã do país, através de cursos nas áreas de informática, música e inglês.
Os centros também estão engajados em diálogos religiosos, e ocasionalmente recebe conferências para exibir filmes (como o filme Jesus) ou para discutir tópicos culturais cristãos.
“A verdade é que muitos iraquianos estão se voltando para Cristo quando eles têm a oportunidade de ouvir claramente o evangelho de Jesus – a esperança, o amor e a paz que são oferecidos em um relacionamento com Cristo” Carl disse à agência de notícias Christian Today em novembro de 2006. “Então, vemos que, apesar da violência e da oposição, os cristãos alcançam seus vizinhos muçulmanos, que estão se voltando à fé em Jesus Cristo.”
“Oramos para que aqueles com o poder no Iraque, agora e no futuro, deixem uma nova herança de governo para o seu povo”, disse o reverendo Samuel Kobia, secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas. “Que os líderes do Iraque procurem reconciliação e respeito mútuo entre todas as suas comunidades.”
Fonte: Portas Abertas