Fernanda Brum
Fernanda Brum

A cantora gospel Fernanda Brum, atualmente a principal voz da gravadora MK Music, anunciou, na sua página do Facebook, que estará dando uma certa “pausa” na sua carreira em 2018, o que ela chamou de “um ano compatível a um ano sabático”.

O motivo seria o diagnóstico de que a cantora está com a síndrome de burnout, uma doença que se manifesta devido ao stress prolongado no trabalho. Ela pediu orações e a compreensão, pois não poderá atender a todos os eventos agendados.

Ela afirmou ainda que precisa descansar, e para isso, em 2018,  revelou o que se pode chamar de “pausa” na sua carreira, pois estará apenas servindo na sua igreja local e fazendo grandes eventos mensais. Fernanda Brum é casada com o pastor e produtor musical Emerson Pinheiro e juntos lideram o Ministério Profetizando as Nações, no Rio de Janeiro.

Fernanda Brum também prometeu lançar seu novo livro em 2018, apesar de ser justamente o período em que irá descansar.

No final da postagem, Fernanda Brum revela que esta é a 3ª ou 4ª vez que tem esta doença e disse que vai falar no seu canal sobre esta experiência e sobre a síndrome de burnout.

Síndrome de burnout

A síndrome de burnout ou esgotamento profissional, com a qual a cantora Fernanda Brum foi diagnosticada, é uma doença cruel e de difícil diagnóstico e decorre de stress prolongado no trabalho.

Seus indícios são irritação, falta de concentração, desânimo, sensação de fracasso. No trabalho, a pessoa, antes competente e atenciosa, liga o “piloto automático”. O termo em inglês significa estar chamuscado, queimado, calcinado por um fogo que se alastra como numa floresta.

No Brasil, 30% dos profissionais apresentam esse grau máximo de pane no sistema, conforme pesquisa da filial nacional da International Stress Management Association (Isma), que avaliou mil pessoas de 20 a 60 anos entre 2013 e 2014.

A síndrome acomete principalmente as mulheres. Num grupo de mil profissionais, há 540 mulheres para 460 homens com burnout. O dado foi obtido em uma análise de 183 estudos sobre diferenças de gênero e burnout em 15 países.

Três características marcam a doença. A primeira é a exaustão, citada por 97% das brasileiras durante uma pesquisa. Há fraqueza, dores musculares e de cabeça, náuseas, alergias, queda de cabelo, distúrbios do sono, maior suscetibilidade a gripes e diminuição do desejo sexual; 91% relataram desesperança, solidão, raiva, impaciência e depressão; 85% citaram raciocínio lento, memória alterada e baixa autoestima.

A segunda característica, com traços emocionais, liga-se à despersonalização ou ceticismo e distanciamento afetivo. O profissional passa a ter contato frio e irônico com os receptores do seu trabalho e, não raro, torna-se uma presença ranzinza e negativista. A terceira refere-se mais à produtividade, com baixo grau de satisfação pessoal. A pessoa produz pouco e acha que isso não tem valor. A escalada até o caos é progressiva.

Tratamento

Esse mal é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e pelas leis brasileiras como doença ocupacional. Por isso, admite-se o afastamento para debelar a síndrome. O problema está na dificuldade de diagnosticar – muitas vezes ela é confundida com depressão. Em geral, antidepressivos fornecem certo alívio. Mas o tratamento compreende mais coisas. “Não dá para tomar um remedinho e seguir num ritmo alucinante”, alerta Cyro Masci. É preciso desacelerar. A mudança pode vir por meio de psicoterapia. Meditação e técnicas de relaxamento associadas ao tratamento combatem esse tipo de stress, como demonstrou uma revisão de 58 estudos com 7 188 participantes feita pela Cochrane Library e divulgada em dezembro. Ana Maria adverte que a volta ao trabalho nem sempre é fácil. “O ideal é um retorno gradual, em que as demandas crescem aos poucos”, orienta. O mais importante, porém, se alinha à alteração da postura. Sheryl Sandberg e Adam Grant enfatizam que as mulheres (e os homens) alcançam a melhor performance e experimentam menos burnout quando respeitam as próprias necessidades e limites.

Para fugir da síndrome de burnout

  • Abandone o lema “Meu nome é trabalho”. Não coloque todos os ovos numa cesta só. Diversifique as fontes de gratificação e descubra seus hábitos de prazer. Leia mais, vá ao cinema, curta os amigos e os pets.
  • Faça uma avaliação sobre custo e benefício: o que a atraiu nesse emprego e a mantém aí? A possibilidade de ajudar as pessoas?
  • O salário? Seja qual for a motivação, focalize no que é positivo em vez de olhar os aspectos negativos que, em geral, são muitos.
  • Restabeleça contatos profissionais. Faça networking, procure novas chances no mercado ou em outro setor da empresa se o que você faz, no momento, significa exaustão.
  • Atenção aos sinais emitidos por seu corpo. A exaustão pode ser sintoma de várias doenças, de anemia a distúrbios da tireoide. Na dúvida, consulte um médico. Se for stress, procure desacelerar o ritmo e faça uma coisa de cada vez.
  • Cuide de seu estilo de vida. Alimente- -se bem, em horários regulares, sem exagerar no álcool e na cafeína. Durma o necessário para acordar reanimada.
  • Inclua exercícios físicos na rotina. Eles ativam a circulação, estimulam o metabolismo, energizam e ajudam a administrar o stress.
  • Conte com o apoio da família, dos amigos e, principalmente, de Deus.

Fonte: Revista Cláudia e Facebook da Fernanda Brum

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