Mulher orando
Mulher orando

Estudos científicos comprovam que ter fé pode proporcionar força, conforto e até mesmo auxiliar na cura das dores físicas e emocionais. Os resultados de pesquisas nesse sentido, que vão desde a redução da depressão até fenômenos inexplicáveis que acaba classificado como milagre, têm contribuído para que a eficácia da crença em um poder superior seja cada vez mais aceita.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a fé exerce impactos positivos na saúde física e emocional das pessoas. Acreditar em algo maior pode reduzir os riscos de doenças, como insuficiência renal, acidente vascular cerebral e depressão. Além disso, cientistas estão dedicando a estudos para na tentativa de entender melhor a relação entre a fé e a superação de doenças

Até mesmo médicos que sempre adotaram uma postura cética em relação ao assunto, já admitem a influência positiva da fé em tratamentos.

Um estudo conduzido pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, revelou que a religiosidade desempenha um papel fortalecedor para pacientes que enfrentam o câncer.

Nos Estados Unidos, uma pesquisa realizada pela Universidade de Duke, na Carolina do Norte, comprovou que pacientes que se valem de práticas religiosas têm uma redução de 40% na probabilidade de sofrerem de depressão durante o tratamento de doenças em geral. Esses resultados indicam que a fé pode, de fato, proporcionar um reforço ao sistema imunológico.

Psicologia

Por muito tempo, ciência e fé foram consideradas opostas. Porém, estudos recentes, especialmente na área da psicologia, têm demonstrado os benefícios da fé para as pessoas.

David DeSteno, autor do livro “Como Deus Funciona: A Ciência por Trás dos Benefícios da Religião”, fez uma série de experimentos para comprovar que os pilares da fé cristã podem ajudar as pessoas a ser melhores.

Um desses experimentos foi focado nos momentos de oração e meditação. Após apenas três semanas de práticas diárias de recolhimento, solidão, conexão consigo mesmo e com Deus, a maioria dos participantes do estudo demonstrou uma diminuição do desejo de vingança, por exemplo.

Fatores físicos e emocionais

Harold Koenig, um psiquiatra renomado do Centro de Estudos da Religião, Espiritualidade e Saúde da Universidade de Duke, destaca que indivíduos que incorporam a fé em suas vidas, independentemente da religião que seguem, enfrentam os fatores físicos e emocionais de qualquer doença com mais sabedoria.

“A fé é um fenômeno que libera defesas naturais do organismo, prepara o corpo e a alma para lidarmos melhor com a dor e os percalços do tratamento. Seja qual for a forma de manifestação dessa confiança absoluta, ela impede a pessoa de se entregar ao problema, motivando a busca da cura.”

O pneumologista Blancard Torres, do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), destaca que a fé e o positivismo dos médicos desempenham um papel importante no fortalecimento dos pacientes.

“Se a pessoa doente se vê diante de um profissional que valoriza a força espiritual e entende que a medicina pode andar de mãos dadas com a religião, as chances de superação se multiplicam”, diz o médico.

E continua: “Quem tem e segue uma crença, busca energia em um ser superior, fica menos vulnerável a sensações ruins e mais forte para ajudar e ser ajudado.”

Teologia

“O sofrimento é uma realidade inescapável. Diante disso, o cristianismo nos ensina que a fé ajuda a superar as adversidades da vida. Mas como essa ajuda acontece? A fé é confiança; e é a confiança em um ser pessoal e relacional – Jesus Cristo”, diz Gutierres Fernandes Siqueira, jornalista e teólogo, autor do livro “Quem Tem Medo dos Evangélicos?”.

“Saber que podemos contar com alguém em momentos difíceis nos permite enfrentar o mal sem cair no abismo do cinismo, indiferença ou do desespero. No cristianismo, cremos que a fé é uma ferramenta. Ela não é um poder autônomo. A importância da fé está em nos conectar com uma relação pessoal com Cristo. Não é abstração. É uma caminhada real com alguém em quem podemos confiar.”

Fonte: Guia-me com informações de Revista Ana Maria

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