Em uma cerimônia realizada pelo Departamento de Desenvolvimento Comunitário em setembro, as organizações religiosas de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, foram colocadas sob um braço governamental.
O departamento disse que elas são livres para praticar a fé dentro da lei, desde que não prejudiquem os costumes e tradições muçulmanas. Um templo hindu também foi oficializado.
Um analista de perseguição da Portas Abertas observa que a significância desse acontecimento está no fato de que “esse reconhecimento público de cristãos acontece em Abu Dhabi, o maior e mais importante dos sete emirados que formam os Emirados Árabes Unidos. O que acontece nesse emirado tem um impacto em todo o país”.
A maioria dos cristãos no país são imigrantes estrangeiros. O analista disse que não está claro o que o governo tem em mente ao colocar as igrejas sob um mesmo “guarda-chuva”.
Pode significar que o governo quer centralizar e fortalecer seu controle sobre as igrejas. Ele acrescentou que um próximo passo pode ser novas licenças para a construção de prédios de igrejas.
Os Emirados Árabes Unidos ocupam a 45ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019. Opressão islâmica e paranoia ditatorial são os principais tipos de perseguição que caracterizam o país. A pressão é maior sobre os cristãos ex-muçulmanos, que enfrentam perseguição por parte da família e da comunidade.
Fonte: Portas Abertas