Homem acusado de homicídio confessa crime, mas alega legítima defesa e diz que não pratica magia negra. O acusado da morte do guarda noturno José Ronaldo de Oliveira, 28 anos, morto na casa de sua esposa na quinta-feira (9) , se apresentou na manhã de ontem à delegada Ludmila Perfeito.
Em seu depoimento, Bolívar de Oliveira Júnior, 39 anos, confessou que matou a vítima com um disparo de arma de fogo, mas alegou legítima defesa e que o disparo foi acidental. Ele contou para a delegada que teve um relacionamento com Maria de Lourdes dos Santos Rodovalho, 46 anos, que é mãe de Elilânia dos Santos Rodovalho, 24 anos. A jovem havia se casado no dia do crime com o guarda noturno José Ronaldo de Oliveira, 28 anos, e estava grávida da vítima.
Segundo Bolívar, no dia do crime, ele tinha ido até a residência de Maria de Lourdes, para levar lanche ao seu filho e, momentos após sair da casa, ele recebeu uma ligação de Maria, dizendo que ele teria que retornar à residência para resolver um “problema”. Ele foi até o imóvel e, após chegar ao local, iniciou uma discussão com José Ronaldo, em seguida eles entraram em luta corporal e, quando a vítima colocou a mão na cintura, ele sacou uma garrucha, que disparou acidentalmente e acertou o guarda noturno no pescoço.
Após ser questionado pela delegada sobre por que estava andando armado, ele respondeu que estava com medo da vítima. Bolívar disse também que não possuiu nenhum tipo de relacionamento com a jovem esposa da vítima, que realmente tinha ciúmes de Elilânia, porque considerava a jovem como se fosse uma filha. A delegada perguntou para Bolívar sobre os objetos estranhos localizados pela polícia em sua residência e sobre os bonecos de noivos, sendo que um estava cheio de alfinetes pelo corpo. Ele disse que não tem nenhum tipo de envolvimento com magia negra, que é adepto da religião candomblé. Após prestar depoimentos, Bolívar foi liberado e responderá por homicídio em liberdade.
A delegada disse que irá concluir o inquérito e encaminhar ao Ministério Público. Se for condenado, Bolívar pode receber pena de 12 a 15 anos, pelo crime de homicídio qualificado.
Fonte: Jornald e Uberaba