O secretário geral da Federação Luterana Mundial (FLM), pastor Ishmael Noko, classificou a adesão do Conselho Mundial Metodista (CMM) à Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, firmada por católicos romanos e luteranos em 1999, como um novo marco no ecumenismo.

A Igreja Metodista é a primeira grande família denominacional que reconhece o documento firmado pela FLM e a Igreja Católica, em Augsburgo, Alemanha, no dia 31 de outubro de 1999. Além de admitir a importância da justificação por graça e fé, um dos pilares da Reforma protestante de 1517, o documento relativiza as condenações mútuas entre católicos e luteranos estabelecidas na época, e diz que elas não se aplicam nem atingem a doutrina da outra igreja.

O artigo 41 da Declaração reza: “Com isso também as declarações doutrinais do século XVI, na medida em que dizem respeito à doutrina da justificação, aparecem a uma nova luz: a doutrina das igrejas luteranas apresentada nesta Declaração não é atingida pelas condenações do Concílio de Trento. As condenações contidas nos escritos confessionais luteranos não atingem a doutrina da Igreja Católica exposta nesta Declaração.”

A adesão dos metodistas à Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação foi oficialmente formalizada no encontro da Conferência Mundial Metodista, reunida em Seul, dias 20 a 24 de julho. As três igrejas se comprometem a aprofundar sua compreensão a respeito da justificação pela fé no estudo da Teologia, no ensino e na pregação, e se esforçar para o testemunho comum no mundo.

A Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, informa o serviço de imprensa da FLM, é resultado de 30 anos do diálogo católico-luterano, superando controvérsias que levaram à cisão da Igreja, há mais de 450 anos.

O documento de adesão à Declaração Conjunta foi assinado pelo presidente do CMM, sua eminência Sunday Mbang, pelo secretário geral desse organismo, pastor George Freeman, pelo pastor Noko, pelo secretário adjunto da FLM para assuntos ecumênicos, pastor Sven Oppegaard, pelo presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, cardeal Walter Kasper, e o arcebispo emérito cardeal Sôo-Hwan Kim. O encontro da CMM enfocou o tema “Deus reconcilia em Cristo”.

Fonte: ALC

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