Aldeões cristãos enfrentam duras pressões no interior do Vietnã, inclusive falta de água para beber. “Em muitas aldeias, são negados aos cristãos o acesso a poços locais.
Muitos estão em necessidade desesperada de beber água potável, principalmente os missionários”, disse uma fonte que não quis se identificar.
“O governo local prometeu água potável a qualquer cristão que negar Cristo”, informou a Missão de Ajuda Cristã baseada nos EUA, que trabalha para prover o bem estar dos cristãos que ali vivem de forma precária.
Outro tipo de pressão inclui a expulsão de escolas, segundo a agência de notícias cristãs Compass Direct.
Recentemente, uma escola primária no Vietnã central negou entrada a um menino da quinta série porque ele é cristão (leia mais).
Governo nega denúncia
Autoridades vietnamitas negaram os abusos. “O governo vietnamita sempre respeita e protege os direitos humanos, inclusive os direitos para liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade de religião e convicções”, disse o Ministério Exterior vietnamita em um comunicado.
Porém, a Fundação Montagnard e outros grupos de direitos humanos que atual no Vietnã sustentam que mesmo permitindo reformas econômicas, o governo comunista do Vietnã tem sido relutante em permitir mais liberdade religiosa, por temer que isso possa arruinar sua base de poder, ancorada em uma ideologia ateística.
Em um documento interno do Centro para Assuntos Religiosos de Hanói, que chegou às mãos de membros da Fundação Montagnard, está escrito: “Ameacem todos os que forem hostis e extremamente resistentes, e denunciem-nos publicamente aos cidadãos, explicando as atividades que eles realizam para destruir o país, enquanto dividem grupos étnicos “.
Detenção de mulher cristã
A polícia de segurança vietnamita prendeu outra líder de uma igreja doméstica, identificada como Puih H”Bat porque ela recebia “alguns dos amigos da aldeia em sua casa para leituras da Bíblia e oração”, disse a Fundação Montagnard.
“Ela foi levada à prisão de Ia Grai, no distrito da província de Gialai”, mas foi libertada dois dias depois.
A mulher, cujo marido mora na Carolina do Norte, nos EUA, foi forçada a assistir a um vídeo de Siu Kim pregando em sua igreja e se negando a recusar sua fé, apesar da pressão policial.
“Nós agradecemos a Deus porque neste tempo a polícia vietnamita não a torturou como fizeram a tantos outros durante a detenção”, disse um representante da fundação.
Fonte: Portas Abertas