Cristãos relatam aumento da perseguição após a vitória de Mohamed Mursi, como presidente do Egito. Segundo as fontes, essas pregações têm o objetivo de “fazer lavagem cerebral e ameaçar os cristãos”
Fontes no Egito, que permaneceram anônimas por questões de segurança, afirmam que, após a vitória de Mursi, nas urnas, a Igreja tem sentido mais hostilidade por parte de muçulmanos do ramo salafista.
As fontes também afirmam que pregações sobre o islamismo têm sido feitas com mais frequência. Essas pregações são feitas nos alto-falantes das mesquitas, e podem ser ouvidas nas ruas ao redor.
No sul do Egito, um cristão ouviu de seu vizinho que deveria sair da cidade, se ele quisesse ficar seguro. Uma cristã da mesma região contou que não conseguiu utilizar o transporte público porque não usava o véu – um claro indício de sua identidade cristã.
[b]Igreja sob ameaça
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Segundo outro relato, transmitido pela mesma fonte, um grupo de cristãos coptas que visitava o monastério de uma vila remota foi convidado a se retirar da região, por um grupo que comemorava a vitória do presidente Mursi.
O grupo, composto por mais de cem muçulmanos, rodou o monastério e ameaçou incendiá-lo se o bispo não atendesse suas exigências. O bispo cedeu às ameaças e pediu que os visitantes fossem embora.
Na saída da vila, o ônibus de turistas cristãos foi apedrejado pelo grupo.
Quando os cristãos contataram a polícia, pedindo ajuda, eles foram aconselhados a não receber mais visitas, a fim de “resolver o problema”.
Quando os visitantes saíram, o grupo, composto por salafistas e radicais, voltou à igreja e reiterou as ameaças, acrescentando que a igreja seria destruída se as exigências não fossem obedecidas.
“Nunca mais abram as portas de sua igreja para visitantes de fora”, disseram.
[b]Fonte: Portas Abertas Internacional[/b]