A Anistia Internacional lançou uma ação urgente pedindo a soltura de quatro iranianos sentenciados a um total combinado de 45 anos de prisão por praticarem a fé cristã.
O relatório pede por uma ação urgente do governo do Irã para revogar as condenações e sentenças de Victor Bet-Tamraz, Shamiram Issavi, Amin Afshar-Naderi, e Hadi Asgari.
Os quatro estão atualmente em liberdade condicional, esperando pelo resultado de seus recursos.
O pastor de uma igreja histórica, Victor Bet-Tamraz, e a esposa, Shamiram Issavi, foram presos por atividades relacionadas à igreja.
O governo já tinha fechado a Igreja Assíria Pentecostal em Teerã que ele dirigia, em 2009. Ele foi preso com outros dois membros da igreja em 2014, enquanto celebravam o natal.
Bet-Tamraz foi declarado culpado de fazer evangelismo e atividades de igreja doméstica ilegais, entre outras acusações. A sentença foi de 10 anos de prisão e seu recurso foi ouvido em junho.
Sua mulher está apelando contra a sentença de cinco anos de prisão recebida por agir contra a segurança nacional e o regime com a organização de pequenos grupos, participando de seminários internacionais e treinando líderes de igrejas e pastores para agirem como espiões.
No mês passado, seu filho Ramil também recebeu uma sentença de prisão de quatro meses por agir contra a segurança nacional ao se envolver com igrejas domésticas ilegais.
Os outros dois cristãos, Amin Afshar-Naderi e Hadi Asgari, são cristãos ex-muçulmanos sentenciados junto com Bet-Tamraz a dez anos de prisão, embora Afshar-Naderi tenha mais cinco anos por blasfêmia.
Em 2017, Asgari e Afshar-Naderi fizeram uma greve de fome para protestar contra terem tratamento médico negado, mesmo após comprovar que sofria de um problema de saúde. O Middle East Concern relatou que Asgari enfrentou pressão intensa durante seu interrogatório.
A Anistia solicita aos apoiadores para escreverem ao governo pedindo que parem com a perseguição e prisão desnecessária de cristãos, incluindo ex-muçulmanos, no Irã.
Também inclui um pedido de respeito aos direitos de liberdade de pensamento, consciência e religião, incluindo a liberdade de ter, adotar ou mudar de religião ou crença por escolha.
O pedido também exige liberdade, seja individual ou em comunidade, em público ou no privado, de manifestar sua religião ou crença em adoração, observação, prática e ensinamento, como garantido pela Aliança Internacional de Direitos Civis e Políticos, da qual o Irã faz parte.
Fonte: Missão Portas Abertas