A Anistia Internacional pede ao Irã, em um relatório publicado nesta quarta-feira, o fim das execuções de menores e a modificação da atual legislação, que prevê a pena de morte para criminosos que não atingiram a maioridade.

A organização de defesa dos direitos humanos, baseada em Londres, afirma que 71 menores, considerados culpados por crimes diversos, esperam a condenação à morte no Irã, e que o país já executou mais menores do que qualquer outro Estado do mundo desde 1990.

A partir de 1990, 11 menores foram executados, e outros 13 receberam a pena capital quando eram menores, sendo executados após os 18 anos.

“O Irã é praticamente o único país onde menores delinqüentes são executados”, afirmou Malcolm Smart, diretor do programa para o Oriente Médio e África do Norte da Anistia Internacional.

Segundo a ONG, em 2007 já ocorreram duas execuções de menores no Irã: a de Mohammad Mousavi, executado aos 19 anos, e a de Said Qanbar Zahi, que foi morto aos 17 anos.

Além do Irã, foram relatadas execuções de menores em apenas três países após 2003: China, Sudão e Paquistão, afirma a Anistia.

Fonte: AFP

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