O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional não pretende revogar sua nova política de apoio ao aborto no caso de estupro ou incesto, apesar da forte oposição que está enfrentando da Igreja Católica.

A secretária-geral da entidade, Irene Khan, disse ontem que a reunião do Conselho Internacional da Anistia, em 11 de agosto na Cidade do México, não vai nem endossar nem desaprovar a nova orientação porque ela já foi adotada, depois de extensas consultas aos membros da organização.

A Igreja Católica, que já atuou junto com a Anistia em campanhas contra a pena de morte, por exemplo, orientou seus fiéis a cortar o apoio ao grupo, que foi fundado por um católico originalmente para defender presos políticos.

Irene disse que a nova política, uma reação aos casos de estupro em zonas de guerra como Darfur, no Sudão, pede aos governos que ofereçam abortos seguros às vítimas de estupro ou quando a vida da gestante está em risco.

A orientação, debatida entre os 2,2 milhões de integrantes da Anistia desde 2005, foi adotada sem alarde em abril. No mês passado, o Vaticano afirmou que a Anistia tinha “traído sua missão”.

Fonte: Estadão

Comentários