A escritora Anne Rice, 67, trocou os vampiros que a levaram à fama –e ao topo das listas dos mais vendidos– por Jesus. O Brasil é parte da guinada na carreira da escritora, que vem se dedicando a novos rumos desde 2002.

Rice assina títulos como “Entrevista com o Vampiro”, “A Hora das Bruxas”, “Memnoch”, “Rainha dos Condenados” e “Sangue e Ouro – As Crônicas Vampirescas”.

Agora, o lançamento nos EUA “Called Out of Darkness: A Spiritual Confession” (saindo das trevas: uma confissão espiritual, em tradução livre) tenta ser a ponte para a carreira de escritora cristã.

No livro, ela não nega seu passado de duas décadas escrevendo sobre vampiros, demônios e bruxas. No entanto, Rice quer que isso seja passado.

“Ser hábil para pegar as ferramentas, o aprendizado, tudo o que eu aprendi sendo uma escritora de vampiros, ou o que eu era, e colocar agora a serviço de Deus é uma oportunidade maravilhosa, maravilhosa”, afirmou a Rice sobre seus objetivos atuais.

“Eu espero que eu possa me redimir desta forma. Espero que Deus aceite os livros que eu estou escrevendo agora”, disse a escritora à Associated Press.

Em 2002, Rice deixou o ateísmo. Ela havia deixado a Igreja Católica no início dos anos 1960 quando teve contato com o existencialismo e passou discutir obras de Martin Heidegger, Albert Camus, Jean-Paul Sartre.

No final dos anos 1990, Rice voltou às missas. Seu marido, o poeta e artista Stan Rice morreu de tumor cerebral em 2002 e ela passou a sofrer de diabetes.

O Brasil esteve presente na volta de Rice à uma procura espiritual. Ela escreveu que sentiu um delírio quando pode entrever a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.

Apesar de não ter impressionado a crítica americana com seu livro de memórias, Rice disse que não se importa com isso.

Fonte: Folha Online

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