Em junho deste ano, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, esteve na Igreja Batista da Água Branca (Ibab), na Zona Oeste de São Paulo. Ele participou de um evento e fez declarações contra o PL da Vida, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. O tema da conversa foi “A Igreja e os Direitos Humanos”.
As informações são do site Fuxico Gospel.
Na época, em suas redes sociais, o pastor da Ibab, Ed René Kivitz, destacou: “Conversamos sobre ações de justiça e enfrentamentos às desigualdades que as igrejas evangélicas nos territórios brasileiros promovem e como os direitos humanos são um ponto em comum entre o campo da política e da religião.”
Procurada pela equipe do Fuxico Gospel para emitir alguma nota a respeito dos últimos acontecimentos envolvendo as denúncias ao ministro Silvio Almeida, a assessoria da Ibab não retornou os contatos.
“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país. Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”, declarou Silvio por meio de nota.
Na quarta-feira (4/9), o UOL revelou uma série de relatos de comportamento inadequado, com suspeita de assédio moral, dentro do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
A organização Me Too afirmou que o caso foi revelado à imprensa, com a autorização das vítimas, porque, “como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias.”
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou em reunião que sofreu assédio por parte do ministro.
Na sexta-feira (06), às 19h, o presidente Lula demitiu Silvio Almeida do cargo no MDHC.
Fonte: Fuxico Gospel