O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL), participou do culto de 50 anos do ministério do pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, na Região Nordeste de Belo Horizonte, neste domingo (07/08).
Bolsonaro estava ao lado da primeira dama, Michele Bolsonaro, e do candidato ao governo de Minas Gerais, senador Carlos Viana (PL).
Logo cedo, uma multidão ocupou seis quarteirões no entorno do templo, enfileirando-se para o culto dominical.
Ao lado das bíblias e camisas de grupos de louvor, jovem multiplicaram as manifestações políticas, com pessoas vestidas com as camisas da Seleção Brasileira de futebol, que têm sido um instrumento de apoio ao presidente, bem como camisas de propaganda do candidato.
O pastor André Valadão chamou o presidente e a primeira-dama ao altar sob os gritos de “mito”, por parte dos fiéis.
“O Senhor tem protegido o Brasil, levantado um exército no Brasil, porque é tempo de guerra. Sem constrangimento nenhum, é uma guerra além de política, é uma guerra espiritual onde o bem vai vencer”, afirmou o pastor.
“Cremos que nossos filhos não serão iludidos ou enganados com ideologias satânicas. Estamos em uma nação cristã e a partir da palavra de Deus ela deve ser governada”, acrescentou.
Igreja Batista da Lagoinha (@Lagoinha_com) cedendo o púlpito ao Bolsonaro, que subiu sob aplausos e gritos efusivos de “mito”.
— João | Jesus te ama (@joao316_) August 7, 2022
Que vergonha! pic.twitter.com/HeLptMWPyt
Em sua oportunidade de fala, Bolsonaro disse que cumpria uma missão dada por Deus.
“Estou muito feliz de estar aqui. A missão que ocupo é missão de Deus, até pelas circunstâncias. Mesmo durante a pandemia, estive no meio do povo, que disse: não desista, Deus te abençoe e estamos orando por você. Sabemos o que está em jogo para o País e não precisamos errar para saber o que é bom e o que não é”, afirmou o presidente.
“Lugar consagrado a demônios”
Em seu discurso, a primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o Palácio do Planalto era consagrado a demônios antes da posse do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios. E hoje é consagrado ao senhor Jesus”, disse ela.
Em um discurso de pouco mais de cinco minutos, Michelle chamou muitas pessoas pelo primeiro nome, agradecendo orações feitas a favor do governo. Ela ainda disse que o momento está “muito difícil” e repetiu a frase já dita pelo presidente de que as eleições são uma “guerra do bem contra o mal” e alegou que “nossa nação é uma nação rica, uma nação próspera, ela só foi mal administrada”. “Podem me chamar de fanática, podem me chamar de louca, mas vou continuar louvando nosso Deus, vou continuar orando”, disse.
Ela também relembrou a facada sofrida por Bolsonaro em 2018. “É uma renúncia estar do outro lado. Nós pagamos um alto preço. Até com a vida, como tentaram tirar do meu marido em 2018″.
Michelle, que falou logo após o presidente, tem intensificado sua presença nos atos de campanha do marido, como estratégia para melhorar a imagem dele junto ao eleitorado feminino e evangélico. “Eu sempre falo e falo para ele (Bolsonaro), quando eu entro na sala dele e olho para ele: essa cadeira é do presidente maior, é do rei que governa essa nação”, disse a primeira-dama. Durante a fala dela, Bolsonaro demonstrou emoção e ficou com os olhos marejados.
Folha Gospel com informações de Estadão e Pleno News