O Santuário Nacional de Aparecida encaminhou à comissão da Causa dos Santos do Vaticano, em Roma, a fase arquidiocesana do processo de canonização do padre Vítor Coelho de Almeida, que trabalhou na basílica por 36 anos.

Para ser declarado “santo católico”, é preciso que dois de seus milagres sejam comprovados. Desde a abertura do processo foram colhidos 120 depoimentos de 98 pessoas. Leigos, padres e bispos, fizeram seus relatos sobre os milagres e a convivência com o padre.

Os testemunhos estão relatados em um documento de 800 páginas, que será analisado na Itália. Se aprovado o relatório, padre Vítor pode receber o título de Venerável. Depois outro milagre é analisado e um novo processo pode elevar o padre a beato e, em seguida, a santo.

De acordo com o arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, padre Vítor já era considerado santo em vida. Após sua morte, cresceu o número de relatos de graças alcançadas por seu intermédio. Seu processo de beatificação foi aberto no dia 12 de outubro de 1998. O processo traça um perfil da vida e das virtudes demonstradas pelo candidato a santo.

Quando morreu, em 1987, aos 88 anos, padre Vítor tinha 64 anos de vida sacerdotal, durante os quais percorreu centenas de cidades pregando missões. Dedicou 36 anos de sua vida ao trabalho evangelizador pela Rádio Aparecida, que ajudou a fundar em 1951. Foi, segundo a direção do Santuário, o grande idealizador da TV Aparecida, hoje há um ano no ar.

Fonte: Último Segundo

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