Um estudo recente da Gray Matter Research, nos Estados Unidos, revelou que apenas 2% dos cristãos são espiritualmente maduros, enquanto 88% ainda estão no estágio “infantil” da fé.
A pesquisa, realizada com mais de mil crentes, comparou as fases de desenvolvimento físico, que as pessoas passam ao crescer, com os estágios da espiritualidade cristã.
“Ao longo do Novo Testamento, você encontrará imagens como ‘recém-nascido na fé’. Então, eu vi níveis de desenvolvimento que eram paralelos aos níveis de desenvolvimento físico”, explicou o pastor Bill White, que colaborou com o estudo.
De acordo com os dados coletados, 47% dos cristãos estão na fase de recém-nascidos em seu relacionamento com Deus. Apenas 1,9% alcançaram o estágio mais maduro da fé.
O estudo descobriu que os dois fatores que mais impedem o crescimento espiritual dos crentes são: não manter o hábito de ler a Bíblia e não congregar em uma igreja.
“Precisamos reaprender alguns hábitos muito valiosos sobre nos reunirmos”, ressaltou Bill White, observando que o isolamento social na pandemia contribuiu com a diminuição de membros em igrejas.
Segundo o pastor, os cristãos que atingiram um nível maior de maturidade em Cristo, são aquelas que estão participando de discipulado e grupos de orientação, e que estão conectadas com outros irmãos, amando e servindo.
“Nós não crescemos a esse nível sem ajuda. Precisamos de mentores. Precisamos de modelos. Precisamos de conexão. Pessoalmente, não é apenas algo que você lê em um livro – você precisa viver e ser ajudado”, lembrou White.
Orações rasas
A falta de maturidade espiritual da maioria dos cristãos refletiu no modo como eles oram. A pesquisa mostrou que esse grupo tende a orar em momentos de necessidade ou para pedir coisas que desejam.
“O que descobrimos foi que muitos crentes estão focando no ‘o que eu preciso e o que eu quero agora’, e é aí que eles oram”, afirmou o pastor.
Para Bill, esse tipo de oração acontece durante um estágio mais infantil da fé, já que à medida que os crentes amadurecem, as orações ficam mais profundas.
“Não queremos apenas fazer orações como um ritual superficial, mas facilitar uma conversa relacional por meio de uma oração contínua ativa. Como Paulo diz, ‘orai sem cessar’, esteja sempre em comunicação. Permanecer em Cristo para que eu esteja vivendo e respirando nesta conversa com Deus”, afirmou.
White disse que não ficou surpreendido com os resultados da pesquisa, devido ao estado atual da nossa cultura.
“Em uma cultura que está mergulhada, como temos feito há tanto tempo, na auto-absorção, não é surpreendente”, declarou o pastor.
“Quando Jesus diz: ‘Nega-te a ti mesmo. Tome sua cruz e siga-me’, esse não é um convite que nos incita imediatamente. Não entendemos”.
O líder afirmou que espera que os dados surpreendentes do estudo incentivem os cristãos a buscarem crescer em sua fé.
Fonte: Guia-me com informações de Faithwire
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