O rabino Henry Sobel deixou o Hospital Albert Einstein às 18h15 deste sábado, 7. Ele teve alta por volta do meio-dia, mas preferiu esperar o final do Shabat, dia de descanso para os judeus, previsto para terminar às 18h40.

Sobel saiu pela porta dos fundos do hospital e pediu aos seguranças que transmitissem aos jornalistas suas desculpas, justificando que não queria tumultuar a entrada principal.

A internação do rabino ocorreu há oito dias. Ele foi hospitalizado com diagnóstico de descontrole emocional e alterações de comportamento.

Sobel foi internado um dia depois da divulgação, no Brasil, de que fora detido nos Estados Unidos no dia 23 de março, acusado de furtar gravatas de grife em lojas de luxo em Palm Beach.

Afastado da presidência da Congregação Israelita Paulista (CIP) desde a divulgação do episódio, o rabino tem planos de reassumir o cargo.

Explicações

Na quinta-feira, 5, em entrevista exclusiva ao Estado, Sobel, demonstrando muita tranqüilidade, atribuiu o furto das gravatas a uma falha. “Não fui eu que cometi aquele ato, foi um fato, foi algo que não sei explicar, foi um ato… qual é a expressão? Foi um ato falho, como se diz? Jamais tive a intenção de cometer aquilo. Aconteceu sem controle e sem uma memória precisa dos fatos.”

Para o rabino, que mantinha seu quipá púrpura, marca registrada, sobre o parapeito da janela ao lado da cama do hospital, a mistura de medicamentos provocou um “lapso em sua cabeça”.

Sobel se disse disposto a “praticar um ato de tshuva”, que significa arrependimento, “reconhecer o erro, dar uma volta para trás e um pulinho para cima”. Afirmou também que quer aproveitar um provável encontro com o papa Bento XVI em São Paulo para pedir perdão pelo erro. “Eu peço perdão a mim mesmo e a Deus, o Deus dos judeus.”

Fonte: Estadão

Comentários