Um dia depois de assinar uma lei que dá ao governo americano poderes sem precedentes para regular a indústria do tabaco, o presidente Barack Obama admitiu que às vezes tem “uma recaída” no seu próprio esforço para parar de fumar.
Obama disse aos jornalistas que está “95% curado”, mas, acrescentou que às vezes cai em tentação. Durante a campanha eleitoral, ele reconheceu em várias ocasiões quão difícil é abandonar o hábito e recorreu aos chicletes de nicotina para não fumar.
Ele disse que não é um fumante diário ou contumaz e que não fuma em frente de suas filhas, Malia, de 10 anos, e Sasha, de 8. Mas afirmou que, assim como acontece com alcoólatras, ele luta continuamente contra a dependência.
O presidente americano disse que é por isso que a legislação antitabaco é tão importante: porque ele não quer que as crianças entrem nesse caminho.
A lei sancionada nesta segunda-feira prevê que o governo assuma o controle da produção, venda e publicidade do tabaco, apesar das objeções da indústria, que se verá obrigada a revelar os ingredientes que usa em seus produtos. Segundo especialistas, a lei não apenas reduzirá o número de mortes causadas pelo fumo, mas também significará uma economia anual de quase US$ 100 bilhões em custos de atendimento médico.
Entre outras coisas, a legislação outorga à Administração de Medicamentos e Alimentos americana (FDA, em inglês) o poder de proibir cigarros com sabor, que comumente atraem os que começam a fumar.
Além disso, a lei proíbe a indústria do tabaco de usar termos como “baixo nível de alcatrão” ou “light”, exige que as advertências sobre os perigos do tabaco tenham maiores dimensões nos pacotes de cigarros e restringe a publicidade desse tipo de produto. A iniciativa também prevê que as companhias do ramo reduzam os níveis de nicotina nos cigarros.
Fonte: Folha Online