Benigna Leguizamón, a segunda mulher a afirmar que teria tido um filho com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, denunciou nesta segunda-feira (22) que o ex-bispo a teria “violado”.

“Sim, a primeira vez que tivemos relações, Fernando Lugo me violou”, afirmou Benigna em entrevista à rádio Magnificat, de Ciudad Del Este, Paraguai.

Ela conta que em 2001, com 17 anos de idade, teria procurado o então bispo da região de São Pedro, norte do país, para pedir ajuda, por enfrentar uma difícil situação financeira com o nascimento de seu primeiro filho, de outro pai. Lugo teria então dado a ela algumas tarefas na sede episcopal.

“Um dia ele mandou o motorista me buscar em casa. Até então não havia passado nada entre nós. O senhor me levou para o Fernando [Lugo], que estava me esperando em seu quarto. Quando entrei, a porta foi trancada e fiquei lá dentro. Ali ele começou a me intimidar e me obrigou a me deitar com ele”, relatou a mulher.

“Eu resisti, tentei pedir ajuda, mas havia uma música forte e não havia ninguém por perto. Ele me obrigou, me tomou a força, me violou”, denunciou a mulher à rádio paraguaia. As mesmas declarações foram dadas depois à rede de televisão Telefuturo.

“Eu já tinha perdoado Lugo e tinha prometido que não iria contar essa parte [da história] tão feia, mas agora estou muito ofendida com ele e por isso eu falo: que todos saibam que além de pai irresponsável e intimidador de meninas pobres, Fernando Lugo é um violador”, acrescentou.

Benigna afirma que Lugo seria o pai de L. F., 6 – concebido dois anos depois da suposta violação, quando a relação entre os dois teria se tornado consensual. Diante da questão da paternidade, a juíza Delsy Cardozo determinou a realização de exame do material genético do ex-bispo.

Em uma coletiva de imprensa, o presidente do Paraguai afirmou hoje que está interessado em levar o processo judicial “com transparência”, mas não quis dar mais informações sobre o tema.

“Este é um campo puramente judicial e os advogados poderão falar com maior propriedade”, afirmou aos jornalistas.

Fonte: UOL

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