Em função do envolvimento do seu nome no mais recente escândalo político do país, a Máfia dos Sanguessugas, que apura o desvio de recursos do orçamento da União para a compra de ambulâncias, o deputado federal Pastor Heleno desistiu de sua candidatura. “A minha renúncia não é atestado de culpa”, disse o pastor.
Em entrevista coletiva concedida ontem, segunda-feira, ele garante que sua reeleição estava garantida, mas que por motivos de força maior desistiu de concorrer ao cargo. O deputado, que se emocionou em alguns momentos da coletiva, disse que tem documentos que comprovarão sua inocência.
“Quero dizer ao povo de Sergipe que em nenhum momento me envolvi em roubalheira e desviei dinheiro dos cofres públicos. E eu tenho documentos que vão comprovar isso. Brasília é um lugar cruel, a gente sempre se depara com alguém propondo algo errado. Quem foi, é e será deputado federal, vai saber o que estou dizendo. Cheguei lá inocente e acabei por conhecer o esquema, mas nunca fiz parte de nada daquilo”, declara.
Durante toda coletiva, o deputado tentou não se referir diretamente aos acontecimentos divulgados na imprensa sobre as acusações que o envolvem na CPI da Máfia dos Sanguessugas, mas disse em bom tom e chorando que não suporta mais a pressão sobre sua família e sobre a igreja.
“Essas calunias atingiram a mim, minha família e minha igreja. Com meus irmãos eu teria uma reeleição praticamente garantida, mas na campanha teria que enfrentar as calúnias, as mentiras e as covardias de meus adversários, até entrando dentro das igrejas evangélicas para me difamar”, explica Heleno.
Mais adiante ele admite que seus irmãos evangélicos e muitos pastores da igreja o aconselharam a desistir da candidatura para provar a sua fé.
“Não aceitei Jesus para ser deputado. De que vale ser deputado e perder minha salvação. Não sendo candidato reafirmo minha fé em Deus. Tenho consciência tranqüila, não roubei meus irmãos e vou terminar meu mandato provando minha inocência”, afirma o pastor deputado, suplicando para que os irmãos de sua igreja tenham cuidado na hora de votar.
“O satanás está perto. Eu não vou disputar, mas tem outros que proseguem com a fé. Não vão na conversa da rede Globo, destruidora de lares, nem leiam a Veja, que quer acabar com os evangélicos”, disse Heleno, ao encerrar a coletiva.
Motivos da renúncia
Segundo Heleno, três motivos foram determinantes para a desistência de concorrer ao cargo: sua própria consciência, a família e a igreja e o temor de ter seu nome caluniado por seus adversários.
“Sai porque fui aconselhado, pela minha consciência e pelo meu coração. A minha igreja também me aconselhou. Além disso, minha família não está preparada para enfrentar o que há de pior: calúnias do meu adversário. Quem me conhece sabe que eu não participei disso. Sabem do meu trabalho”, fez sua defesa.
Pastor Heleno afirma que tem documentos do Ministério da Saúde que podem isentá-lo de qualquer culpa e que irá apresentá-los no momento certo, que ele acredita que seja na Comissão de Ética.
“Renúncia não é atestado de culpa”
Questionado se sua renúncia não poderia parecer um atestado se culpa, ele declarou: “A minha renúncia não é atestado de culpa e sim atestado de que eu não preciso de um mandato para provar minha inocência. Vou apresentar todos os documentos que provam que não tenho culpa nenhuma perante o Conselho de Ética. Lá tenho certeza de que vão me ouvir e os argumentos que eu tenho em mãos mostram que eu não tenho envolvimento algum com esse superfaturamento”.
Futuro político
“Amanhã, se Deus quiser e o povo também, eu retornarei à política. Mas na vida pública estarei sempre presente”, disse o deputado que mesmo desistindo de concorrer às eleições permanecerá apoiando as candidaturas de Marcelo Déda ao governo do Estado e de Zé Eduardo Dutra ao Senado.
Substituto
Não existe ainda um nome para substituto do Pastor Heleno. O partido está aguardando a decisão da Justiça Eleitoral para definir uma indicação de novo nome. “Aí sim comunicaremos o novo nome ao povo e sairemos em campanha”, finaliza.
Igreja exigiu que Heleno Silva desistisse da candidatura
Na sexta-feira à noite, o deputado federal Heleno Silva, PL, anunciou que estaria desistindo da candidatura à reeleição. A associação do seu mandato, cada vez mais evidente, com as transações de compra de ambulância por prefeituras com dinheiro público e retorno de propina através da empresa Planam calou fundo no peito da Igreja Universal do Reino de Deus – IURD. Esta instituição é onde Heleno se fez e de onde derivam seu mandato de deputado federal e sua importância social. Heleno tem implicações semelhantes às do deputado Cleonâcio Fonseca, do PPB, de Sergipe.
Ao ‘lacrar’ seu projeto de disputar um novo mandato de deputado federal, Heleno Silva justificou na sexta que não suportou ‘as pressões de todos os lados’, referindo-se ao processo da CPI dos Sanguessugas. Não está explícito no discurso dele, mas em verdade o que Heleno não teve foi como suportar mesmo a pressão aberta e decisiva da IURD, uma instituição ativíssima que fatura hoje R$ 3 bilhões por ano, mistura religião e negócios, é dona da segunda maior TV nacional, a Record, tem ramificações na Europa, Estados Unidos e outras partes do mundo, e não tolera o erro.
Heleno Silva (PL-SE) é acusado de ter recebido R$ 50 mil de adiantamento, mas Vedoin só ganhou R$ 9,6 mil com suas emendas. Vedoin reclama que o deputado andava “esquivando-se dele” para não devolver o dinheiro.
Rondônia: Igrejas resistem em descartar deputados sanguessugas
A Igreja Assembléia de Deus ainda não decidiu fazer uma censura pública aos deputados Nilton Balbino Capixaba e Agnaldo Muniz, apontados como envolvidos na Máfia das Sanguessugas nos depoimentos prestados pelo empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, tido como o chefão dessa máfia, à Justiça Federal no Mato Grosso. Essa foi a informação transmitida a Imprensa Popular pelo pastor Joel Holden, em entrevista exclusiva que concedeu ao jornal em seu gabinete de pastor presidente, na sede da Assembléia de Deus, em Porto Velho.
Holden afirmou existir na Igreja “uma Comissão” para cuidar desse tipo de problema e ela ainda não se posicionou “porque espera uma manifestação dos deputados”, ambos membros da Assembléia de Deus, “ou então o surgimento das provas do envolvimento” deles com o esquema fraudulento que desviou milhões de reais dos recursos da Saúde, com as negociatas das ambulâncias superfaturadas.
Situação desconfortável
Mas se a Igreja não tomar uma posição oficial contra os dois parlamentares – por insuficiência de provas sobre a culpabilidade de cada um – isso não deverá mudar “a situação desconfortável” em que ambos se meteram diante da comunidade evangélica, como admitiu o próprio pastor Holden. Isto porque “os evangélicos não estão anestesiados e sem capacidade de reagir a estes acontecimentos”.
O presidente das Assembléias de Deus confirmou que a igreja orienta seus fiéis a votar nos candidatos evangélicos, que “estão no projeto da denominação”, mas nem por isso os fiéis “votam em quem a gente indica, porque na cabine de votação, ou seja, na urna cada um é dono de seu voto e o evangelho tem essa vantagem de nos levar à liberdade, já que Deus criou o ser humano com livre arbítrio”.
Pelo que disse à Imprensa Popular, o pastor Joel Holden permitiu entrever que a Igreja Assembléia de Deus não tomará oficialmente nenhuma medida contra os dois parlamentares enquanto eles não forem ouvidos na CPI das Sanguessugas, onde deverão se defender.
Holden admitiu ter existido uma consulta da cúpula da igreja aos deputados, “e eles se mostraram perplexos com a situação que estão vivendo” como qualquer homem público “sujeito às pressões de todos os lados”. O pastor, depois de reafirmar que a situação dos dois parlamentares, membros da Assembléia de Deus, está sendo avaliada pela comissão própria da igreja, não definiu se existe uma data para um posicionamento sobre o caso.
Contra a corrupção
Na visão do pastor Joel Holden o evangélico, especialmente quando membro da igreja, precisa ter “uma boa conduta, tanto na vida secular como na profissional”. O cristão, disse, “tem de ser uma benção, de dar constantemente bom testemunho”. Diante de tudo o que aconteceu, embora a igreja não tenha promovido nenhuma manifestação de censura aos deputados, um eventual apoio aos dois parlamentares só aconteceria num estágio adiantado do processo eleitoral, “quando não existissem mais dúvidas” de que contra Balbino e contra Muniz existiriam “apenas acusações e não provas”.
As afirmativas do pastor Joel Holden deixam a impressão de que a igreja Assembléia de Deus tem preocupação com “a defesa da ética na atividade política e nas instituições públicas, pois esta seria uma recomendação implícita do cristianismo”.
Mas em nenhum momento o pastor da mais importante denominação religiosa protestante do estado afirmou que a Assembléia de Deus faça uma campanha específica quanto a ética, como acontece na Igreja Católica. Ele admitiu entretanto que nas eleições deste ano há uma situação diferenciada na postura política dos eleitores evangélicos, em virtude da eclosão dos dois maiores escândalos da política nacional, o do mensalão e o dos sanguessugas. Os evangélicos rondonienses ficaram surpresos com a denúncia envolvendo os deputados irmãos de fé e poderão resistir aos apelos das lideranças religiosas em favor da reeleição destes deputados.
Final dos tempos
Joel Holden integra o grupo de lideranças que defendem “mudanças na política do Brasil, porque está cada vez mais difícil agüentar a falta de ética na política do país”. Todavia, para ele “a tendência não aponta para melhorias, mesmo sendo esse o grande desejo”, porque “estamos partindo para o fim de nossa era, segundo as afirmações da Bíblia”.
E quando o fim se aproxima, disse o pastor, “os homens irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”. Na visão do pastor as coisas estão se dando “como a Bíblia previu” e as catástrofes como as tsunamis, os confrontos bélicos envolvendo Israel são sinais previstos no Livro de Deus.
E assim ele destaca: “A gente gostaria que as coisas melhorassem, mas o que vemos são os homens cada vez mais afastando-se de Deus. Hoje os homens acreditam em tudo, menos em Deus. Eles reverenciam muitas coisas, gastam com muitas coisas, buscam muitas coisas, mas não buscam a Deus, não buscam ao seu filho Jesus. E assim, não podemos nos iludir diante dessa tendência. Vai ser muito difícil as coisas melhorarem. Essa questão da falta de ética é conseqüência do afastamento do homem de Deus. Nunca o povo e as autoridades estiveram tão vulneráveis aos ataques do diabo”.
Confira os nomes dos evangélicos acusados e quanto receberam
João Mendes de Jesus (PSBRJ) — No fim de 2004, recebeu R$ 40 mil, em 2005 mais R$ 45 mil e em 2006 outros R$ 70 mil. Sempre em dinheiro.
Magno Malta(Senador PL-ES) — Fez pessoalmente um acordo com o senador, prometendo 10% sobre uma emenda de R$ 1 milhão. Como “adiantamento”, entregou ao parlamentar um carro Fiat Ducato, mas Magno Malta descumpriu o acordo e não apresentou a emenda.
Marcos de Jesus (PFL-PE) — Ganhou R$ 24 mil, dos quais a metade em dinheiro, no próprio gabinete.
Pastor Amarildo (PSC-TO) — Também falou diretamente com os prefeitos sobre as fraudes. Ganhou um microônibus com palco para usar na campanha. A contabilidade registra dois repasses de R$ 30 mil no total. Tem emendas acompanhadas pelos empresários dos esquemas.
Agnaldo Muniz (PP-RO) — Recebeu R$ 10 mil de propina, na conta de Floripes Santos.
Bispo Wanderval (PL-SP) — Ganhou R$ 50 mil na conta de um assessor. Outros R$ 50 mil foram pagos a uma concessionária em Brasília como parte do pagamento de uma BMW comprada pelo parlamentar.
Almir Moura (PFL-RJ) — Ganhou R$ 20 mil, pagos no estacionamento de um restaurante no Rio. É radialista e ministro evangélico.
Almeida de Jesus (PL-CE) – No livro caixa eletrônico da Planam, é atribuído ao deputado um repasse de R$ 10 mil por intermédio de um terceiro. “Dep. Almeidinha de Jesus – CE”, informa a planilha. Está sob investigação em inquérito no Supremo. Membro e Obreiro da Igreja Universal do Reino de Deus.
Neuton Lima (PTB-SP) – Nos grampos, Luiz Antônio informa a seu pai que mandou “dez” (R$ 10 mil) para o deputado. Foi coordenador da bancada Parlamentar da Igreja Assembléia de Deus (1999-2002).
Jefferson Campos (PTB-SP) – Em novembro de 2005, o deputado liga para Darci Vedoin marcando um encontro. Outros empresários do esquema demonstram, nas escutas, conhecer o deputado. É radialista, advogado, e Ministro do Evangelho. Foi secretário de Ação Política do Estado de São Paulo.
Edna Macedo (PTB-SP) – As escutas mostram contato constante e direto da deputada com a quadrilha. Luiz Antônio pede (e obtém) os dados bancários de Otávio Bezerra, filho de Edna, preso na Operação Sanguessuga. É irmã do bispo Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus.
João Batista (PP-SP) – Há referência, nas escutas, a um suposto pagamento de R$ 5 mil para “Marcelo do João Batista”. De fato, o deputado tem em seu gabinete funcionário com esse nome. Os grampos mostram que Darci teria agendado encontros com o deputado e que acompanhava de perto suas emendas. Está em seu primeiro mandato político.
Lino Rossi (PP-MT) – Conforme a planilha contábil da Planam, teria recebido R$ 26,6 mil. Nas escutas da PF, o deputado ajuda o esquema: indica Darci Vedoin a dirigentes da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, que deseja comprar ambulâncias. “Um negócio bom”, diz ele. É investigado em inquérito do STF. É radialista e apresentador de televisão.
Isaías Silvestre (PSB-MG) teria recebido R$ 82 mil, segundo Vedoin
Vieira Reis (PRB-RJ) – Teve um funcionário seu __ Cristiano de Souza Bernardo _- preso da Operação Sanguessuga. Conforme os documentos da PF, os integrantes do esquema tinham as senhas pessoas do deputado para acompanhar emendas na Saúde. Reis é radialista está em seu primeiro mandato político.
Carlos Nader (PL/RJ) – Vedoin conta que ele exigiu propina até de um negócio que não deu certo, com um hospital do Rio. Foram R$ 32 mil,em espécie, no gabinete. Depois, recebeu R$ 40 mil de adiantamento por emendas, mas “revendeu-as” a um concorrente de Vedoin.
Embolsou mais R$ 72 mil.
Paulo Baltazar (PSB-RJ) – Na contabilidade da Planam, os repasses para o deputado e alguns assessores somam R$ 87,5 mil somente entre 2001 e 2002. Está sob investigação formal no STF. 42. Deputado Paulo Feijó (PSDB-RJ) – Contabilidade registra R$ 15 mil em repasses ao deputado, que também tem o nome de um assessor registrado nas planilhas das empresas do esquema. Enfrenta investigação em inquérito aberto no STF. Está em seu terceiro mandato como deputado federal.
José Divino (PTB-RR) – Os grampos indicam contato direto do deputado com o empresário Darci Vedoin. O número da conta corrente de Divino no Banco do Brasil estava registrado nos arquivos da Planam. Radialista, exerce seu primeiro mandato como deputado federal. Foi vice-líder do PMDB em 2004 e 2005.
Zelinda Novaes (PFL-BA) – Nos grampos, empresários do esquema comentam que falaram com a deputada e eu ela “faz fazer (emendas) também”. Em 2004, o esquema tinha senha para acompanhar pelo menos uma emenda de sua autoria. A deputada foi integrante do Conselho de Ética e presidiu o PFL Mulher
Adelor Vieira (PMDB/SC) – Líder da bancada evangélica. Teria destinado, em 2005, R$ 560 mil para compra de cinco ambulâncias e uma unidade móvel à Sociedade de Assistência Social e Educação Deus Proverá, entidade ligada à sua igreja, a Assembléia de Deus. A verba foi proveniente de emenda individual do orçamento. (Fonte: Tribuna Catarinense)
Nilton Capixaba (PTB-RO) – Na contabilidade da Planam, constam repasses de pelo menos R$ 437 mil atribuídos ao deputado e a seus assessores. Ajudaria a expandir o esquema dentro da Câmara. Tem inquérito aberto no STF. Nilton foi afastado das funções de integrante da Mesa Diretora da Câmara. PPS, PV e PSOL pediram ao Conselho de Ética abertura de processo de perda de mandato por envolvimento no esquema dos sanguessugas.
Heleno Silva (PL-SE) — Recebeu R$ 50 mil de adiantamente, mas Vedoin só ganhou R$ 9,6 mil com suas emendas. Reclama que o deputado andava “esquivando-se dele” para não devolver o dinheiro.
Pastor Jorge Pinheiro (PL/DF)No depoimento prestado à Justiça Federal, Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planam, afirmou que fez um acordo com Jorge Pinheiro para pagar 10% sobre o valor das emendas que o parlamentar apresentasse na área de saúde. Apresentou emenda ao Orçamento da União de 2004, no valor de R$ 750 mil, visando a destinação de recursos para aquisição de unidades móveis de saúde nos municípios do Entorno. O parlamentar também apresentou uma emenda ao Orçamento de 2005 destinando R$ 510 mil para a aquisição de equipamentos e material hospitalar para a prefeitura de Padre Bernardo (GO).
Cabo Júlio (PMDB-MG) — Fazia reuniões em sua chácara com os prefeitos e a Planam. Recebeu 14 pagamentos na própria conta bancária. Recebeu R$ 83 mil. Outro depósito, de R$ 2 mil, foi para “comprar um presente de aniversário para o deputado”. (Fonte: Globo Online)
Gilberto Nascimento (PMDB-SP) — Reclama que o deputado não cumpriu o combinado. Por isso, não pagou nada. (Fonte: Globo Online)
Josué Bengston (PTB-PA) – Não tinha percentual fixo de propina, mas recebia “ajuda”. Dois pagamentos de propina, no total de R$ 39 mil foram feitos em nome da Igreja do Evangelho Quadrangular para “construção de um templo”.Também recebeu dinheiro na
própria conta.
Marcos Abramo (PP – SP) – Ganhou R$ 54 mil em dinheiro, numa reunião no Hotel Meliá
Raimundo Santos (PL – PA) – Fez um acordo pessoal para receber 10% do valor das emendas. Parte do pagamento da propina teria sido paga a Ubiratan Lovelino Filho, um “agiota do Pará a quem o parlamentar estaria devendo”. Para disfarçar, quem fez os depósitos foi um motorista de Vedoin. O deputado indicou contas de assessores para os outros depósitos. Reclama que pagou R$ 104,6 mil a mais que o combinado e que o deputado não devolveu o “empréstimo”.
Reginaldo Germano (PP –BA) – Recebia 10%. Sua assessora, Suelene, falava com as prefeituras para direcionar os contratos. Entre os pagamentos,um de R$ 15 mil foi feito na conta do deputado, em 23/12/2005.
Fonte: Infonet, Cinform. Imprensa Popular de Porto Velho, Estadão, Agência Norte de Notícias, Globo Online e Amarribo.org.br