O presidente do Brasil Jair Bolsonaro com o missionário R. R. Soares, fundador e líder da Igreja Internacional da Graça de Deus.
O presidente do Brasil Jair Bolsonaro com o missionário R. R. Soares, fundador e líder da Igreja Internacional da Graça de Deus.

Após uma sequência de polêmicas envolvendo publicações do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, em sua conta oficial no Twitter, o Palácio do Planalto parece querer reforçar o discurso de aliança com os evangélicos, representados politicamente em sua maioria pelo segmento pentecostal e neopentecostal.

O jornalista Lauro Jardim informou em sua coluna, no jornal O Globo, que Jair Bolsonaro marcou uma reunião de portas fechadas com o missionário R. R. Soares, fundador e líder da Igreja Internacional da Graça de Deus.

Não se sabe o teor da conversa, mas o encontro deve reforçar o apoio que R. R. Soares vem declarando ao presidente, desde às eleições, quando o mesmo destacou o combate à ideologia de gênero como uma das propostas do governo.

Boicote

O encontro acontece após a publicação de que a bancada evangélica estaria irritada com o presidente Bolsonaro e planejando um boicote à tramitação da nova Previdência, por causa do seu afastamento do grupo religioso que o ajudou na eleição.

O pano de fundo para a o possível boicote, foi a demissão de quadros ligados à frente religiosa sem prévia comunicação. A bancada evangélica atribui o afastamento de Bolsonaro aos militares.

O encontro também surge poucos dias após o pastor e deputado, Marco Feliciano (Pode-SP), utilizar suas redes sociais para cobrar mais diálogo de Jair Bolsonaro com os evangélicos.

“A comunicação está péssima. O ego daqueles que vcs elegeram está tão inflado que só enxergam seus umbigos. Alguns ministros estão deslumbrados com os holofotes”, disparou Feliciano na última sexta-feira (8) em seu Twitter.

Marco Feliciano foi nomeado, nesta terça-feira,12, como um dos vice-líderes do governo no Congresso Nacional.

Outro que também criticou o governo por se distanciar do grupo religioso que foi decisivo para a eleição de Bolsonaro, foi o deputado Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ). “A bancada [evangélica] nunca teve espaço, mas agora está pior. Ele [Bolsonaro] só dialoga com os militares e com os filhos.”, disse ele, segundo o Estadão.

O encontro com R. R. Soares mostra que Bolsonaro parece continuar disposto a ouvir lideranças evangélicas. Resta saber se isto ocorrerá apenas em meio as polêmicas ou se também nos tempos de paz.

Fonte: O Globo e Gospel +

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