Dezesseis pessoas foram mortas por extremistas islâmicos na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, quando um caminhão Mitsubishi, que carregava passageiros e bens, foi emboscado em uma estrada.

O ataque, ocorrido no dia 28 de maio, foi o mais mortal desde que o grupo conhecido como “Al-Shabaab” (sem conexões confirmadas com o grupo da Somália) começou uma insurgência, em 2017. As mortes só foram confirmadas na sexta-feira, 31 de maio.

Essa insurgência islâmica, iniciada em 2017 na província de Cabo Delgado, já levou à morte de mais de 200 pessoas e à destruição de muitos povoados.

Agência France Press registrou um total de 14 ataques em maio, causando mais de 40 mortes. Os insurgentes regularmente atacam vilarejos, matam pessoas e queimam casas, apesar da crescente presença policial e militar na região.

O Estado Islâmico assumiu pela primeira vez a responsabilidade por um confronto no norte de Moçambique, de acordo com o site Intelligence, que monitora atividades jihadistas em todo o mundo.

Em declaração de terça-feira, 4 de junho, o grupo extremista islâmico afirmou: “Os soldados do califado puderam repelir um ataque do exército moçambicano no vilarejo de Metubi, na região de Mocimboa da Praia. Houve um confronto em que vários tipos de armamentos foram usados, matando e ferindo a muitos”.

O governo e o exército de Moçambique, no entanto, se recusam a confirmar qualquer atividade de rebeldes no país.

Um especialista em insurgências, que preferiu permanecer no anonimato, expressou cautela, afirmando que o Estado Islâmico não está em Moçambique, que isso é somente propaganda, mas que podem ter conexões no país.

Fonte: Portas Abertas

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