A ativista dos direitos cristãos Fatemeh Mohammadi foi solta em regime condicional do presídio de mulheres Qarchak, em Varamin, Irã.
Ela foi detida durante um protesto contra um ataque a um avião de passageiros. O incidente fez 176 vítimas fatais e foi resultado da retaliação da morte do general Qassem Soleiman, após um ataque autorizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A família da ativista desconhecia o paradeiro dela até o início de fevereiro.
Mary, como prefere ser chamada, foi maltratada durante a prisão e permaneceu amarrada de costas com outra mulher enquanto eram levadas para o centro de detenção em Vozara. Lá, ela passou as primeiras 24 horas sem alimentação, sentada no quintal em frente aos banheiros. Mais tarde, a cristã foi transferida para o escritório do promotor na prisão de Evin, em Teerã, acusada de perturbar a ordem pública ao participar de uma reunião ilegal.
Apesar de Mary ter a liberdade condicional negada, a Agência de Notícias para Ativistas de Direitos Humanos (HRANA) garante que ela foi liberada em 26 de fevereiro, após pagamento de uma fiança equivalente a dois mil dólares. A ativista aguardava uma audiência programada para o dia 2 de março. Ainda não há informações sobre a sessão.
Mary denunciou nas redes sociais a perseguição que minorias religiosas enfrentam no Irã. Em um dos posts, ela contou que foi impedida de fazer uma prova na universidade de Teerã e proibida de frequentar as aulas, sem justificativas. A ativista já passou seis meses na prisão de Evin por ser “membro de grupo evangélico”, “engajamento em atividades cristãs”, “atuação contra a segurança nacional” e “propaganda contra o regime”.
Fonte: Portas Abertas