O Azerbaijão, país da Ásia Central que tem 95,3% de muçulmanos e 3,2% de cristãos, é oficialmente secular.

Mas em abril deste ano, um oficial sênior do governo anunciou que aulas de religião seriam acrescentadas ao currículo das universidades e seriam compulsórias a partir de 2020, segundo informa o site EurasiaNet.

Os adeptos do islamismo têm crescido no país desde a independência da União Soviética.

Uma declaração do governo afirmava que o curso ensinará sobre “radicalismo religioso, movimentos religiosos radicais, suas propagandas e métodos, valores morais e nacionais e a necessidade de protegê-los, e informações básicas sobre a política de Estado do Azerbaijão nessa direção”.

Centenas de azeris se juntaram a grupos extremistas islâmicos internacionais nos últimos anos.

Sofie Bedford é uma pesquisadora da Universidade Uppsala da Suécia que estuda a religião no Azerbaijão.

Ela afirma: “A introdução da religião nas escolas pode ser vista como uma nova tendência. Uma mudança recente no foco de prevenir a radicalização através de controle e restrições do Estado para ativamente estabelecer uma alternativa; seria a narrativa islâmica dominante e moderada, controlada e institucionalizada pelo Estado”.

A Missão Portas Abertas pede oração pelo Azerbaijão, que ocupa a 50ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019.

Fonte: Portas Abertas

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