Segundo ele, a autêntica mensagem de Jesus de que todos os seres humanos são filhos de Deus e iguais entre si foi “enterrada” pelos padres da igreja.
O escritor e jornalista espanhol J.J. Benítez, autor da célebre saga literária “Cavalo de Tróia”, disse nesta quarta-feira em São Paulo que a Igreja “mente muito” sobre a vida de Jesus, além de ter enterrado sua autêntica mensagem de igualdade entre os seres humanos.
Em declarações à Agência Efe, o escritor, que hoje autografou exemplares de suas obras em uma livraria de São Paulo, explicou como uma leitora se aproximou a ele lhe disse que considerava que a Igreja mentia um pouco, observação à qual Benítez respondeu que, na realidade, “mente muito”.
“A Igreja mente, manipula e censura”, disse o escritor ao referir-se às dúvidas sobre a autenticidade da autoria dos evangelhos.
Em sua opinião, se desconhece com clareza como foram escritos e destacou a possibilidade de diferentes pessoas ao longo da história terem modificado os fatos da vida de Jesus a partir de notas de algum dos evangelistas.
Além disso, considerou que o sucesso de seus livros está no fato de oferecerem um tratamento da figura de Jesus como um ser “próximo” e lhe confere uma humanidade que a Igreja esqueceu por “ignorância ou por interesse”.
Também disse que a autêntica mensagem de Jesus que todos os seres humanos são filhos de Deus e iguais entre si foi “enterrada” pelos padres da Igreja.
“Estamos vivendo uma falsidade histórica”, lamentou.
Autor de 55 livros, Benítez garantiu que talvez sua obra “de maior importância” seja “Cavalo de Tróia”, fenômeno que, reconheceu, lhe entristece um pouco pelo fato de ter escrito com o mesmo empenho e amor toda sua obra.
O autor, que deve deixar o Brasil amanhã, passou cinco dias no país, onde visitou as cidades de Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e, finalmente, São Paulo.
[b]Fonte: Época Negócios[/b]