Flávio Dino e Silas Malafaia (Foto: Montagem/Reprodução)
Flávio Dino e Silas Malafaia (Foto: Montagem/Reprodução)

A Frente Parlamentar Evangélica, mais conhecida como bancada evangélica, lançou uma página na internet para monitorar o posicionamento de cada senador em relação à indicação do ministro Flávio Dino, titular da Justiça e Segurança Pública, feita pelo presidente Lula, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma cadeira na corte foi aberta devido à aposentadoria da ministra Rosa Weber, em 30 de setembro.

“Estamos empenhados em derrotar o nome dele”, afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), vice-líder da Frente Parlamentar Evangélica, ao Congresso em Foco. O parlamentar reconheceu o conhecimento jurídico do ministro e também que preenche o requisito constitucional. “Mas ele é muito mais político do que jurista. Vai para a Corte nos perseguir”, ressaltou Sóstenes, que completou: “Será dez vezes pior que o Alexandre de Moraes”, emenda, referindo-se ao ministro que se destacou nos últimos anos no confronto com Jair Bolsonaro e relator das ações envolvendo participantes dos atos de 8 de janeiro.

Já o líder da bancada evangélica no Senado, Carlos Viana (Podemos-MG), ex-líder do governo Bolsonaro, encabeça a articulação política. Ele conta com 16 senadores da frente evangélica dos 81 membros da Casa.

Para pressionar os senadores a não votarem no indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao STF, as lideranças evangélicas pretendem participar de dois atos públicos convocados pela oposição contra o atual titular da Justiça. Um está previsto para ocorrer em várias cidades do país, no dia 10 de dezembro, e outro marcado para 13 de dezembro, data em que será feita a sabatina de Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Outra estratégia adotada pelos líderes evangélicos para impedir a aprovação de Dino para o STF é a realização de visitas aos gabinetes e chamadas telefônicas aos senadores. O foco principal são os que estarão envolvidos em futuras eleições municipais em 2024, como também em 2026.

No entanto, a resistência ao nome de Flávio Dino não é unanimidade entre os políticos evangélicos. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) tem conversado com lideranças religiosas para quebrar a oposição a Dino. Cabe lembrar que a parlamentar foi a articuladora da carta aos evangélicos divulgada por Lula na reta final da campanha presidencial de 2022.

Silas Malafaia convoca jejum

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, desafiou a sua igreja a fazer um jejum para Deus impedir que Flávio Dino assuma a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O religioso disse que o Brasil está vivendo um momento perigosíssimo, e destacou que Dino é “pior dez vezes” que o ministro Alexandre de Moraes.

Malafaia afirmou que Dino é comunista marxista raiz, e explicou que todo comunista batalha contra costumes, família, igreja, espiritualidade e pátria.

O líder religioso pediu a igreja que orasse, pois somente Deus pode impedir que Flávio Dino assuma ao cargo.

O pastor também criticou alguns políticos de direita, que segundo ele, já negociaram para votar no atual ministro da Justiça.

” Tá tudo programado, tá tudo acertado, de uma meia dúzia de bandidos da direita, que vendem o povo por cargos no governo pra votar nele (Dino), tá tudo acertadinho… tá tudo combinado”, desabafou.

Também não faltaram críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem se referiu de “traidor do povo cristão”, pois 20% do segmento votou no petista e decidiu a eleição.

Malafaia fez questão de deixar claro que não tem “paixão política”, mas sim convicções baseado em suas crenças e valores.

Fonte: Comunhão e Fuxico Gospel

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