Uma edição especial da famosa boneca Barbie, lançada em homenagem à ativista trans Laverne Cox, está sendo objeto de questionamentos. Chamada de Barbie “trans”, a boneca foi inspirada no ator que se identifica como mulher e é ativista LGBTQ+.
Em comunicado, a Mattel justificou o lançamento da boneca: “É hora de celebrar outra visionária, cujas contribuições incríveis ajudaram a moldar e impactar nossa cultura. Com a boneca mais recente em nossa coleção de tributos à Barbie, estamos orgulhosamente homenageando a premiada atriz, produtora, escritora e proeminente defensora LGBTQ+ Laverne Cox”.
“Servirá para confundir as crianças sobre a natureza dos gêneros”, disse o vice-líder do governo na Câmara, deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), que protocolou um pedido para debater sobre a boneca.
Proposta é promover audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família com a presença do “presidente, ou equivalente, da Mattel do Brasil” e um membro do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Preocupações
As preocupações com o público infantil também acontecem em Porto Rico, onde a líder pró-vida e pró-família, Talis Romero, declarou em entrevista à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que a Barbie “trans” busca a “perversão sexual das crianças”.
Segundo Romero, que é da iniciativa “Regatando a identidade”, “supõe-se que, em nome da inclusão, essa Barbie faria o coletivo LGBTQ+ se sentir parte da sociedade”.
“Eu me pergunto quantas Barbies cristãs existem? Porque se isso for em nome da inclusão, os LGBTQ+ representam aproximadamente entre 5 e 7% da população mundial, enquanto os cristãos representam 83% da população mundial”, questionou Romero.
“No entanto, vemos Barbies LGBTQ, mas não uma Barbie cristã”, disse a ativista que também pertence ao grupo Pró-vida Puerto Rico. “É quando você percebe que não se trata de inclusão e diversidade, mas sim de continuar a perversão sexual das crianças”.
‘Não se nasce com o corpo errado’
María José Mancino, psiquiatra argentina e membro de Médicos pela Vida, disse à ACI Prensa que “não há nenhum fato ou descoberta até hoje, nem médica, nem psicológica, nem das ciências genéticas, que diga que nascemos em outro corpo ou em um corpo errado, ou que a identidade sexual é sentida ou pode variar”.
“Nascemos homens ou mulheres. Existem dois sexos, somos binários. Não há cinco, nem 112. Da genética, os cromossomos são XX (feminino) ou XY (masculino)”, destacou a especialista.
A médica falou sobre a importância de educar as crianças, com fatos e fundamentos, para enfrentar a ideologia de gênero predominante na sociedade atual.
“Devemos enfatizar a verdade, ao ensinar a alegria da vida conjugal, de dar a vida, de gerar uma família, de saber quão saudável é emocional e psicologicamente aceitar-nos como somos”, destacou.
Ideologia de gênero
A doutora Mancino também disse que “temos que dar luz à verdade e saber do que se trata a ideologia de gênero, o que ela pretende alcançar com a manipulação em diferentes áreas”.
A ideologia de gênero é uma corrente que considera que o sexo não é uma realidade biológica, mas uma construção sociocultural, algo que diferentes governos tentam impor por meio da educação de crianças e jovens, explica a ACI Prensa.
A médica disse na entrevista que “no caso do mundo da Barbie, há muito tempo que não se encontra o personagem masculino, Kent, mas há uma Barbie transexual”.
Segundo a psiquiatra, não se deve entrar “ano jogo do pensamento excessivamente sensível de um grupo de pessoas, que não é lógico e carece de bom senso”.
Fonte: Guia-me com informações de ACI e UOL