Polícia
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Uma igreja evangélica no Distrito de Barão Geraldo, na Estrada da Rhodia, em Campinas tem incomodado vizinhos com som alto e gritarias em cultos na madrugada e virou caso de polícia nesta segunda-feira (25). Isso porque uma das moradoras resolveu fazer um B.O. (Boletim de Ocorrência) na Polícia Civil para que investigue o caso.

Talita Zacarias Cantos Santos, de 32 anos, resolveu tomar a atitude após mais uma sessão de gritaria vinda da igreja na sexta-feira (22). Ela publicou um relato do caso no Facebook e depois foi à delegacia de Barão Geraldo (7º Distrito Policial) e à Prefeitura de Campinas. Além de denunciar à polícia, ela também quer saber se a igreja possui alvará de funcionamento.

A Igreja Evangélica Ministério Havilah fica na Estrada da Rhodia, sem número, próximo ao km 14,5 da pista. As vigílias acontecem normalmente no último sábado de cada mês, com início às 23h, e término entre 2h e 3h.

No entanto, sem motivo aparente, a igreja resolveu antecipar a vigília na última sexta-feira, revoltando os moradores. “Eu costumo me preparar para esse sábado de vigília. Mas na última sexta fomos surpreendidos. Dá para ouvir o som alto dentro do meu quarto”, contou Talita.

A Igreja Evangélica Ministério Havilah tem fachada simples e somente a parte da frente está rebocada. Um banner em cima da porta de entrada revela o nome da igreja e mostra que os cultos são às terças, sextas e sábados, às 19h30. Aos domingos começa às 18h. Não há, no entanto, aviso da vigília da madrugada. Por telefone, o vice-presidente da igreja, Leandro Silva, disse que decidiu encerrar os cultos de madrugada por causa dos vizinhos e da denúncia. “Vamos parar de fazer. A de sexta foi a última”, afirmou ele.

A Prefeitura de Campinas informou que recebeu o protocolo de Talita e que a igreja entrará no cronograma de fiscalização da Secretaria de Urbanismo para averiguar o que está acontecendo.

A lei do silêncio, de 2011, de Campinas é baseada em uma orientação nacional. Como qualquer atividade que envolva som, o autorizado é das 7h até 22h. Para quem passa do horário, a orientação da pasta é que seja feito um tratamento sonoro no local.

“Caso haja uma denúncia, nós vamos até o local. O estabelecimento tem que estar com a documentação em dia para funcionar, e isso já inclui o sistema de som. Caso não tenha essa documentação, ele já está todo errado”, afirmou o diretor de Urbanismo, Moacir Martins.

Fonte: A Cidade On

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