O papa Bento 16 declarou neste domingo que os cristãos tem a obrigação de se fazer “próximos” de qualquer um que precise de ajuda, e na própria Igreja “enquanto família” nenhum membro deve sofrer “porque na necessidade”.

Na residência papal de Castel Gandolfo –para onde se transferiu na quarta-feira a fim de iniciar um período de repouso–, o pontífice se inspirou na parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus Cristo na Bíblia, em seu pronunciamento no Angelus deste domingo.

“Há alguns dias deixei Roma para a estadia de verão em Castel Gandolfo. Agradeço a Deus, que me oferece esta possibilidade de repouso”, declarou o Papa, antes de iniciar sua catequese, na qual saudou os cidadãos da região.

Bento 16 também reiterou, como já havia feito há duas semanas ainda na Cidade do Vaticano, seus desejos de boas férias aos fiéis presentes. Que o verão, iniciado em 21 de junho no Hemisfério Norte, seja um período “para restaurar as forças do corpo e do espírito”, assinalou ele.

O chefe de Estado do Vaticano citou a figura de São Bento, o “grande patrono do meu Pontificado” e recordou que ele foi proclamado padroeiro da Europa por Paulo VI (1963-1978) em outubro de 1964, com o reconhecimento da “obra maravilhosa pela formação da civilização europeia”.

São Bento (480-547), natural de Núrsia, na região italiana da Úmbria, é considerado o pai do monaquismo ocidental.

Este foi o primeiro compromisso público do líder máximo da Igreja Católica desde que ele se dirigiu a Castel Gandolfo, que fica nas cercanias do Lago Albano, a poucos quilômetros de Roma.

Durante a temporada, o Pontífice deverá receber a companhia de seu irmão e também membro do clero Georg Ratzinger e se dedicar à leitura, à redação — fala-se da produção da terceira parte de seu livro “Jesus de Nazaré” — e a encontros com amigos e ex-alunos de teologia.

Também está previsto para o final de agosto um seminário a portas fechadas sobre a hermenêutica do Concílio Vaticano II (1962-1965).

Fonte: Folha Online

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