O bispo da Diocese da Ilha de Marajó (PA), dom José Luiz Azcona, um dos seis religiosos ameaçados de morte no Pará, criticou hoje, durante o 9º Fórum Social Mundial a lentidão das investigação sobre as ameaças de morte no Pará.

O religioso é ameaçado de morte por proprietários de terra que exploram o trabalho de crianças e adolescentes nos municípios de Altamira, Abaetetuba e na região da Ilha do Marajó. Ele afirmou que a perseguição é um estímulo para dar continuidade ao trabalho de denunciar violações aos direitos humanos.

“Sou bispo e não quero canonizar a mim mesmo. Se estou ameaçado por defender crianças e jovens da exploração de grupos poderosos isso é um estímulo para continuar minha luta”, disse.

Dom José Luiz Azcona declarou que não tem medo de morrer e orientou líderes religiosos da região a terem o mesmo comportamento. “Hoje eu sinto a morte de perto e penso muito nela. Não tenho medo de arriscar, de morrer, pela defesa dos direitos das pessoas”, afirmou.

Além de dom José Luiz Azcona, também estão ameaçados de morte no Pará, dois bispos, três padres e outras 200 pessoas, entre elas lideranças de trabalhadores rurais.

O bispo participou do seminário a Igreja e seus Mártires em Defesa dos Direitos Humanos, realizado na tenda Irmã Dorothy na Universidade Rural da Amazônia.

Fonte: Folha Online

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