O bispo de Manágua, Leopoldo Brenes, pediu o fim da violência na Nicarágua e disse que a igreja deve lutar junto com os governantes para que a violência e a insegurança desapareçam.

Na missa de ano novo, Brenes pediu ao novo presidente eleito, Daniel Ortega, que assume o cargo hoje, para assuma o desafio de exaltar os valores humanos, fazendo todo o possível para diminuir o desemprego e a insegurança no país e apoiar os camponeses com créditos para que possam produzir.

Brenes também se pronunciou sobre os novos legisladores, que, segundo ele, têm o compromisso de não pensar tanto em seu bem estar pessoal e no de seu partido, mas buscar o bem comum e o bem cidadão.

O cura pároco da catedral metropolitana, Bismark Conde, disse que a Igreja Católica pede ao novo presidente que ele dê prioridade à família nicaragüense. O religioso fez votos para que o novo governo construa moradias, gere empregos e garanta educação às crianças, para que as famílias não continuem sendo desintegradas pelos processos migratórios em busca de trabalho.

Segundo o pároco metropolitano, o principal desafio de Ortega consiste em escolher servidores públicos idôneos, que trabalhem unidos nos próximos cinco anos. Pesquisa realizada no final do ano pela MR Consultores revelou que seis de cada dez nicaragüenses têm um sentimento de esperança com o novo governo de Ortega, e entendem que terão prosperidade, estabilidade social e paz sob sua administração.

A mesma percentagem de interrogados considera que a institucionalidade do país ficará ainda mais debilitada e que o famoso pacto entre Ortega e o ex-presidente Arnoldo Alemán se fortalecerá.

Na terça-feira, 9, Aleman declarou ao diário La Prensa que a bancada liberal na Assembléia Legislativa poderia promover ação contra o ex-presidente Enrique Bolaños, se o novo procurador de justiça encontrar elementos para submetê-lo à investigação. Alemán disse que não se trata de uma vingança, e advertiu que todos os funcionários do atual governo envolvidos em atos irregulares deverão ser investigados.

Ao repassar o cargo a Ortega, o presidente Bolaños disse que o partido da Frente sandinista e o partido liberal de Alemán impediram que ele realizasse projetos e cumprisse suas promessas eleitorais. “Deixo a mesa servida ao novo governo de Ortega, com 1,8 bilhão de dólares; desejo-lhe sucesso em sua administração pelo bem do povo e na luta contra a pobreza”, almejou.

Fonte: ALC

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