O deputado estadual Geraldo Tenuta (PFL-SP), mais conhecido como Bispo Gê (foto), divulgou no início da tarde desta quarta-feira (7) uma nota de “protesto” contra as denúncias relacionadas a ele feitas nas últimas duas semanas.

Para o deputado, as denúncias são “uma sistemática tentativa de desqualificação” do seu mandato.

Tenuta é acusado de empregar parentes dos fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, que exerceram cargos “fantasmas” na Assembléia Legislativa de São Paulo. Pelo menos oito pessoas ligadas à igreja, da qual Tenuta é um dos bispos, teriam trabalhado para o deputado. Entre elas, estariam Felipe Daniel Hernandes e Fernanda Hernandes Rasmussen, filhos de Estevam e Sônia Hernandes, fundadores da Renascer, e o marido de Fernanda, o ex-modelo Douglas Rasmussen.

A estimativa é de que esses assistentes ligados à Renascer e contratados pelo deputado tenham recebido juntos pelo menos R$ 1 milhão dos cofres públicos.

Tenuta contestou as informações divulgadas pela imprensa, informando a atual situação de cinco dos seus empregados envolvidos nas denúncias e disse agir em “consonância com o regimento interno da Assembléia Legislativa”.

Com relação a José do Patrocínio Hernandes, de 56 anos, irmão de Estevam Hernandes, Bispo Gê disse ter registro do cumprimento da escala de trabalho do funcionário, que atualmente exerce as funções de segurança parlamentar e motorista do gabinete do deputado.

A presença no trabalho também estaria sendo cumprida, segundo o deputado, por Frederico Alexandre Rasmussen, irmão de Douglas Rasmussen, que ocupa cargo de secretário parlamentar.

A mesma presença foi apontada pelo deputado em relação aos seus ex-funcionários, Danielle Azar, mulher de Felipe Hernandes (exerceu a função de assessora jurídica de 2003 a 2004), Eduardo Hernandes, sobrinho do casal de fundadores da Renascer (auxiliar parlamentar até 2004), e Estevam Hernandes Neto (filho de José do Patrocínio Hernandes, segurança parlamentar até o ano passado).

Ainda de acordo com Tenuta, Danielle teria saído do cargo ao se casar, Eduardo Hernandes teria saído por causa de um novo cargo na Câmara Municipal de São Paulo e Estevam Neto teria abandonado a função por questões de saúde.

Fonte: Hora H

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