A Conferência Episcopal Polonesa publicou, no final de agosto, um “Memorando” sobre a colaboração de alguns sacerdotes com os organismos de segurança da Polônia, de 1944 a 1989.

O documento retoma, de forma substancial, a análise feita pelo cardeal-arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, ex-secretário de João Paulo II, que prometeu esclarecer os fatos da investigação sobre a relação de alguns padres com o serviço secreto comunista. Para tanto, foi instituída em Cracóvia uma comissão para estudar o caso.

Os chamados “padres-espiões” são um ponto polêmico na Polônia, de modo especial em Cracóvia. A Igreja Católica espera que aqueles que forem declarados culpados, manifestem publicamente sentimentos de conversão, arrependimento e expiação.

O Cardeal Dziwisz explica ainda, que, “em vários casos, houve acusações falsas, fundadas em documentos forjados pelo próprio serviço secreto” e que a Igreja precisava publicar uma instrução teológico-pastoral para dar esclarecimentos e indicações.

O “Memorando” dos bispos poloneses assinala, por isso, que a colaboração deliberada e livre, com os organismos de segurança do regime comunista é um “pecado público”, que deve ser confessado “a Deus, à própria consciência e aos homens aos quais se fez mal”.

Na coletiva de imprensa em que foi apresentado o documento, o Cardeal Dziwisz, falando em nome do Episcopado polonês, admitiu, contudo, que o número de sacerdotes envolvidos não deverá ser numeroso, pois a maioria sempre se opôs ao regime comunista.

Fonte: Radio Vaticano

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