Os 34 bispos que lideram a Igreja Católica do Chile pediram perdão nesta sexta-feira (3) pelos abusos sexuais de membros do clero contra menores e anunciaram que informarão todas as investigações canônicas sobre denúncias de abusos contra menores de idade.

“A partir desta data, informaremos publicamente toda investigação prévia sobre suposto abuso sexual de menores de idade realizada nas nossas jurisdições”, disse Santiago Silva, presidente da CECH.

Após um conclave na cidade litorânea de Punta de Tralca, próxima de Santiago, a cúpula da Igreja reconheceu que “falhou” em seu dever de atender e acompanhar as vítimas devido ao “graves pecados e injustiças cometidas por sacerdotes e religiosos”.

As denúncias contra diversos membros da Igreja Católica chilena levaram o papa Francisco a abrir uma investigação neste ano que provocou a saída de bispos e outros sacerdotes acusados de praticar ou encobrir abusos contra menores.

“Não reagimos a tempo ante os dolorosos abusos sexuais, de poder e de autoridade, e por isso pedimos perdão em primeiro lugar às vítimas e sobreviventes”, disse Santiago Silva, presidente da Conferência Episcopal do Chile.

“Alguns de nós conseguimos ser mais ativos e atentos à dor sofrida pelas vítimas, pelos familiares e pela comunidade eclesial”, acrescentou.

Condenados

Uma lista de 42 sacerdotes e um diácono condenados, pela Justiça civil ou pela canônica, por abusos sexuais de menores, em um exercício de transparência dentro dos compromissos assumidos hoje no fechamento da assembleia extraordinária de bispos.

Os dados foram publicados no site da Conferência Episcopal do Chile (CECH) em um parágrafo especial criado e dedicado exclusivamente à prevenção de abusos sexuais contra menores.

Por um lado, o registro informa sobre 17 sacerdotes (10 diocesanos e sete religiosos) e um diácono (em trânsito), que receberam suas sentenças no âmbito civil “por crimes contra menores de idade cometidos por pessoas que eram clérigos no momento da comissão do delito”.

Em outra lista, são 25 os sacerdotes (15 diocesanos e 10 religiosos) que foram sentenciados através da justiça canônica pelo mesmo fato.

Este registro unicamente indica o nome e sobrenomes dos clérigos envolvidos e a obra, dioceses ou congregação à qual pertencem, assim como os que já são falecidos (cinco do total).

A CECH indicou também que estas informações são baseadas em comunicados que já tinham sido publicados de forma unitária anteriormente pela instituição.

Fonte: Veja e UOL

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