A hierarquia católica do Equador, questionada pelo governo que a acusa de intromissão na política, está empenhada numa batalha para defender sua rejeição ao projeto de Constituição do presidente Rafael Correa, visto como favorável ao aborto.

Segundo o presidente da Conferência Episcopal, monsenhor Antonio Arregui, embora as relações com o chefe de Estado estejam num mal momento, os obispos “vão evitar qualquer tipo de excesso”, mas sem renunciar ao direito de se expressarem livremente. A Carta Magna será submetida a referendo no dia 28 de setembro.

“Nesse sentido é uma batalha de paz”, comentou Arregui, assegurando que a intenção da Igreja é promover “uma catequese sobre os trabalhos fundamentais da vida”.

Os bispos se afastaram do plano redigido e aprovado pela Constituinte de maioria governista, alegando que as reformas deixam entreaberta a porta ao aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, além de confiar ao Estado a educação religiosa nas escolas.

O Equador, com 13 milhões de habitantes, é um país de maioria católica num Estado laico.

Fonte: AFP

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