Os bispos dos Estados Unidos pediram ao governo George Bush que suspenda, mesmo que temporariamente, a proibição de remessas e viagens a Cuba, já que o país foi duramente castigado por furações nas últimas semanas.

O pedido foi apresentando em uma carta encaminhada a Bush pelo presidente da Conferência Episcopal norte-americana, o cardeal Francis George.

“Em vista da devastação e do desastre humano causado pelos recentes furacões em Cuba, além dos esforços das famílias, amigos e organizações que tentam chegar aos necessitados”, afirma o cardeal, “insisto para que as restrições sejam suspensas”.

Dom Francis George prossegue ressaltando que em momentos de crise, as igrejas e os governos devem responder com generosidade a todos que passam por necessidades. Na última segunda-feira, os Estados Unidos reiteraram a Cuba sua disposição em enviar uma equipe de especialistas para avaliar os danos causados pelo furacão Ike. Antes disso, o país já havia oferecido ajuda após a passagem do Gustav. A oferta, no entanto, foi rejeitada por Havana. Segundo o governo cubano, se os Estados Unidos querem mesmo ajudar, então devem suspender as restrições econômicas ao país.

Por outro lado, os bispos norte-americanos condenaram a intensificação das blitz para flagrar imigrantes clandestinos em seus locais de trabalho. O coordenador da comissão para Imigração, dom John Wester, lançou um apelo ao presidente Bush e ao Ministério do Interior. “O custo humano desse movimento é inestimável e inaceitável em uma sociedade civil”, explicou o bispo. Sobre esse assunto, o cardeal Geraldo Magella Agnelo, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, disse que os países mais desenvolvidos economicamente ainda resistem aos imigrantes. Dom Geraldo Agnelo falou à Rádio Vaticano sobre a situação da América Latina.

Fonte: Rádio Vaticano

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