Apóstolo Rina e a esposa Denise Seixas (Foto: Reprodução/Igreja Bola de Neve)
Apóstolo Rina e a esposa Denise Seixas (Foto: Reprodução/Igreja Bola de Neve)

A pastora e cantora gospel Denise Seixas acusa a Bola de Neve Church de tentar pressioná-la a renunciar à vice-presidência da igreja durante o velório de seu ex-marido, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, fundador da igreja, que faleceu em um acidente de moto no último domingo (17).

De acordo com um vídeo publicado pelo perfil O Fuxico Gospel nas redes sociais, Denise aparece em uma discussão com membros da igreja em uma sala localizada na sede da Bola de Neve, na Lapa, zona oeste de São Paulo, onde o velório estava sendo realizado.

A pastora afirma que os integrantes incluíram um documento de renúncia entre os papéis necessários para os trâmites do enterro do ex-marido.

Nas imagens, Denise relata que solicitou ler os documentos antes de assiná-los, mas foi impedida. Em reação, ela pediu a presença da polícia, embora não esteja claro se alguma ocorrência foi registrada.

Posicionamento da igreja

Em nota, a Bola de Neve Church declarou que a pastora já havia renunciado ao cargo de vice-presidente em agosto, após acusar o então marido de violência doméstica. Segundo a igreja, o documento de renúncia, datado de 27 de agosto, estava em um envelope usado para arquivamento administrativo. Esse envelope foi levado por uma funcionária que entregava os papéis relativos ao sepultamento para que a pastora e o filho do apóstolo assinassem.

Ainda segundo a igreja, o pai da pastora, que estava presente no velório, teria tomado o envelope das mãos da funcionária e encontrado o documento de renúncia.

“Frise-se que o pedido de renúncia não seria entregue à pastora Denise no dia do velório, em respeito ao clima de tristeza e consternação dos membros da Bola de Neve e da família do Apóstolo, e pelo fato de que ela já havia renunciado”, informou a igreja em comunicado.

Contexto das investigações e afastamento

Denise e Rina estavam afastados da liderança da igreja desde junho, quando começaram as investigações relacionadas às acusações de violência doméstica. O inquérito policial investigava suspeitas de “ameaça, difamação, injúria, lesão corporal, falsidade ideológica e violência psicológica contra a mulher”.

Desde o afastamento do casal, a gestão da igreja tem sido conduzida por um conselho. A Bola de Neve também destacou que todas as acusações contra o apóstolo Rina foram arquivadas pela Polícia Civil, e ele não foi formalmente indiciado.

Folha Gospel com informações de Folha de S. Paulo e Fuxico Gospel

Comentários