Em live realizada nesta quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que foi apenas uma vez em um uma loja maçom. A declaração foi dada um dia após um vídeo dele em um estabelecimento macônico viralizar na internet.

O candidato do PL à reeleição na Presidência da República destacou que foi “muito bem recebido” no local que, segundo ele, era em Brasília. Bolsonaro ressaltou ainda que foi ao local a convite de um amigo.

“Está aí na mídia agora, pessoal me criticando porque fui em loja maçom em 2017. Fui sim, fui em loja maçom, acho que foi a única vez que eu fui numa loja maçom. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia, e um colega falou ‘vamos lá’ e eu fui. Acho que foi aqui em Brasília. Fui muito bem recebido. Me trataram bem”, disse o chefe do Executivo.

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) se preparava para fazer ataques contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais. Porém, entre segunda (3) e terça (4), a equipe do mandatário foi surpreendida com uma onda de compartilhamentos do vídeo do presidente em uma reunião da maçonaria.

A equipe de campanha de Bolsonaro tinha certeza que o tema ficaria restrito apenas no Twitter e em algumas páginas de fofocas do Instagram. Porém, a notícia se espalhou no Telegram, Facebook e WhatsApp, atingindo o eleitor evangélico.

Flávio Bolsonaro (PL) mandou a equipe acionar pastores para defender Bolsonaro. Silas Malafaia foi quem se colocou à frente da confusão e tentou emplacar o discurso que Lula tem relações “ satânicas ”. Só que a narrativa não repercutiu e o governante continua no olho do furacão.

Agora, a ordem é conter danos e evitar que evangélicos passem a questionar a fé do presidente da República. O mandatário exigiu que o QG solucione a questão, porque quer dedicar todos os seus esforços na ampliação de alianças e na organização de comícios.

Guerra santa nas redes sociais

A insatisfação com o tema não é a chance de perder eleitor. Na avaliação da campanha, dificilmente o presidente perderá votos de evangélicos por conta do vídeo, já que os pastores se comprometeram conversar com os fiéis para resolver o assunto.

Só que a preocupação é que os bolsonaristas não esperavam que o PT estava preparado para fazer uma guerra santa nas redes sociais. O ataque petista acuou a equipe de Bolsonaro e obrigou o QG a encontrar saídas para se defender das críticas. Em 2018, a situação era inversa.

O medo é que o Partido dos Trabalhadores paute o segundo turno. “Parece que eles prepararam uma máquina de moer o presidente. Serão semanas duras nas redes sociais. Eles querem pautar a eleição e a gente precisa achar uma estratégia para não permitir”, opinou um aliado de Bolsonaro.

Na transmissão ao vivo de quarta-feira, Bolsonaro afirmou que a esquerda fez um “estardalhaço” em cima do vídeo, e que não tem nada contra os maçons porque é “presidente de todos”.

“Eu sou presidente de todos e ponto final. Fui de novo? Não fui. Agora, sou presidente de todos. Isso agora a esquerda faz estardalhaço. O que tenho contra maçom? Tenho nada. Se tiver alguma coisa a gente vê como proceder. Quero apoio de todos aqui do Brasil”, enfatizou.

Fonte: Último Segundo

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