O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (12), que irá enviar ao Congresso Nacional, com “urgência”, um projeto de lei contra a “ideologia de gênero”.
O anúncio foi feito durante um encontro com crianças levadas ao Palácio da Alvorada, em Brasília, pelo padre Pedro Stepian.
Em vídeo transmitido pelas redes sociais, o presidente, de máscara, pega uma das crianças no colo enquanto ouve as outras cantarem. Depois disso, elas começam a ler frase como “não queremos ideologia do gênero ”, a pedido de Stepian.
“Nós sabemos que, por 11 a 0, o Supremo Tribunal Federal derrubou uma lei municipal que proibia ideologia de gênero. Já pedi ontem para o major Jorge (Oliveira), nosso ministro (da Secretaria-Geral da Presidência), que providenciasse uma lei federal agora, um projeto, e devemos apresentar hoje com urgência constitucional”, informou o presidente.
O presidente da República tem direito a solicitar que projetos de lei de sua autoria tramitem em regime de urgência. Nesse caso, a Câmara dos Deputados e o Senado terão 45 dias, cada uma, para votar a matéria.
As crianças levadas pelo religioso, frequentador assíduo do Palácio da Alvorada e apoiador de Bolsonaro, disseram em seguida que não querem a lei da alienação parental, sem especificar ao que se referiam. Já existe uma lei em vigor, de 2010, que dispõe sobre “a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente”.
O padre costuma visitar o Palácio da Alvorada para falar com Bolsonaro. Nesta terça, elas usavam camisas com a mensagem “Brasil Vivo! Sem aborto!”.
Às 8h, o presidente e sua equipe ministerial assistiram ao hasteamento da bandeira nacional, o que ocorre uma vez por mês, antes de iniciar uma reunião dentro da residência oficial.
Os jovens foram chamados a se perfilar ao lado deles durante a execução do hino do Brasil e foram abraçados por Bolsonaro ao final do evento realizado na frente do Alvorada.
Na sequência, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se dirigiu aos jovens e ao padre para falar sobre os livros didáticos entregues pelo MEC em todo o Brasil, que segundo ele já estão melhores que os do ano passado.
Ele disse ainda que há um número para que a pasta que comanda e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos que está aberto a “qualquer denúncia”.
Fonte: Último Segundo e O Globo